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Escritório da estatal Gazprom em São Petersburgo: Berlim informou que Canadá retirou sanções para entrega de turbina, justificativa russa para reduzir o bombeamento
Escritório da estatal Gazprom em São Petersburgo: Berlim informou que Canadá retirou sanções para entrega de turbina, justificativa russa para reduzir o bombeamento| Foto: EFE/EPA/ANATOLY MALTSEV

A estatal russa Gazprom anunciou nesta segunda-feira (25) uma nova redução no fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream, para 33 milhões de metros cúbicos por dia, a partir da próxima quarta, por conta da necessidade de parar outra turbina devido ao seu estado técnico.

“A partir das 7h, horário de Moscou, a produtividade diária da estação de bombeamento de Portovaya será de 33 milhões de metros cúbicos por dia”, informou a empresa em seu canal Telegram.

A Gazprom associou esta nova redução à condição técnica de uma turbina após o prazo para uma nova reparação capital, conforme estipulado pelas normas técnicas.

A Rússia fornece atualmente apenas 40% dos padrões habituais de gás, enquanto aguarda o retorno de uma de suas turbinas Siemens, que foi bloqueada no Canadá devido a sanções sobre a campanha militar russa na Ucrânia, segundo Moscou, e está atualmente a caminho.

O anúncio do corte no fornecimento de gás russo, segundo o governo alemão, não tem “razões técnicas”, após tomar conhecimento da decisão da Gazprom.

“Tomamos nota do anúncio. Estamos monitorando a situação muito de perto em contato próximo com a Agência Federal de Redes e a equipe de crise do gás”, apontou um comunicado do Ministério de Economia e Proteção Climática da Alemanha.

“De acordo com nossas informações, não há razões técnicas para uma redução dos envios”, acrescentou a nota do ministério.

“Os requisitos de liberação de sanções para a entrega da turbina em questão foram cumpridos. O Canadá concedeu a isenção exigida pela lei canadense. De acordo com a lei de sanções da UE, nenhuma isenção é necessária”, explica a nota, em conexão com o dispositivo entregue à Gazprom para operar o gasoduto Nord Stream.

O processo foi dificultado devido às exigências da Gazprom, que alega que a documentação fornecida pelo Canadá e pela Alemanha não elimina os riscos ligados às sanções e “levanta questões adicionais”, em particular, as relacionadas com a reparação futura de outras turbinas.

Em meados de junho, a Gazprom reduziu sua capacidade de fornecimento de gás em 33%, para 67 milhões de metros cúbicos por dia, também devido à necessidade de parar uma turbina para reparos, e em julho deixou de bombear para “manutenção planejada”.

Após uma pausa de dez dias que terminou em 21 de julho, o Nord Stream voltou a operar com uma capacidade de 40%, que será reduzida pela metade a partir de quarta-feira.

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