Autoridades da Alemanha estimam a chegada de 10 mil imigrantes vindos da Hungria até o final do dia. Pela manhã, a polícia da Áustria disse que mais de 4 mil pessoas haviam cruzado a fronteira e entrado no país. Com a escalada das tensões na Hungria, Alemanha e Áustria permitiram a entrada dos imigrantes, como forma tentar amenizar a crise. O fluxo imigratório na União Europeia é considerado um dos maiores desde a Segunda Guerra Mundial.
Imigrantes começam a chegar à Alemanha e à Áustria
Cerca de 4 mil pessoas atravessaram a fronteira da Hungria para a Áustria, segundo o porta-voz da polícia austríaca, Helmut Marban. Autoridades de Viena afirmaram que 2.300 pessoas chegaram à cidade, e que 1.500 haviam embarcado em trens com destino a Salzburgo.
Leia a matéria completaA chegada dos imigrantes, muitos vindos de países em conflito como a Síria e que afirmam buscar refúgio na Europa Ocidental, acontece poucas horas após grandes protestos pedindo que os governos permitissem o fluxo imigratório.
Após conflitos na Hungria ontem, milhares de imigrantes começaram a marchar em direção à fronteira da Áustria. Desde a manhã de terça-feira, as autoridades da Hungria impediam a entrada de imigrantes em trens internacionais. No entanto, sem ir aos centros de processamento, temendo deportação ou detenção indefinida no país, milhares de imigrantes acampavam no terminal de trens de Keleti, em Budapeste.
“Aqueles que querem chegar à Alemanha podem vir, e os que quiserem ficar na Áustria podem ficar na Áustria”, afirmou Georg Streiter, porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel. Ele acrescentou, no entanto, que Berlim ainda quer que a Hungria cumpra suas responsabilidades como membro da União Europeia, que exigem que o país registre todos os imigrantes e que inicie os procedimentos de asilo.
Steiter disse também que a decisão de aceitar os imigrantes foi uma resposta a uma situação emergencial e que o país não garantia que a permissão iria continuar indefinidamente.
“Tínhamos que prevenir que essas pessoas fossem enviadas de volta a zonas de guerra. Foi uma medida emergencial”, contou o chanceler da Áustria, Werner Faymann. Na tarde deste sábado, pelo menos mais centenas de imigrantes começaram a marchar de Budapeste em direção à Áustria. Fonte: Dow Jones Newswires.
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