Em 5 de janeiro, a Alemanha prolongou e endureceu seu bloqueio parcial com limites mais rígidos aos contatos sociais, enquanto a principal economia da Europa se esforça para combater teimosamente as infecções por coronavírus.| Foto: Michael Kappeler / POOL / AFP
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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira (5) que o país estenderá seu bloqueio nacional até o fim de janeiro, a fim de frear o aumento de infecções pelo novo coronavírus.

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Ela também declarou que o país aplicará medidas de restrição mais severas, como a testagem obrigatória para viajantes de zonas de risco vindos do exterior. Segundo a chanceler, mesmo que o exame resulte negativo, os turistas deverão entrar em quarentena por cinco dias e fazer um segundo procedimento.

"Precisamos restringir o contato com mais rigor. Pedimos a todos os cidadãos que restrinjam o contato ao mínimo absoluto", disse Merkel em reunião com os líderes dos 16 estados federais da Alemanha.

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As principais cidades da Alemanha afetadas pela pandemia atualmente são Nuremberg, Dresden e Potsdam. Berlim, Frankfurt e Munique estão abaixo dos 200 novos casos por 100 mil pessoas, de acordo com o instituto de saúde pública RKI.

Críticas

Com centenas de mortes a cada dia, as tensões políticas ameaçam aumentar ainda mais em meio a uma onda crescente de críticas sobre a estratégia do governo de distribuir uma vacina contra o coronavírus. Uma eleição nacional está marcada para setembro e altos funcionários dos social-democratas - o parceiro da coalizão governista - atacaram o ministro da Saúde, Jens Spahn, uma figura importante no partido de Merkel, o CDU.

As autoridades alertam que ainda não é possível ter dimensão do impacto das festas de fim de ano e dos encontros familiares. "Há pouca margem para flexibilizar as medidas", resumiu na segunda-feira o porta-voz do governo, Steffen Seibert.

A situação é grave na Saxônia, que durante muito tempo não aceitou as restrições e que registrou taxa de incidência de 323 casos para cada 100 mil habitantes na segunda-feira (4). Outras regiões do leste, como Turíngia e Brandeburgo, também são muito afetadas.

Merkel está sendo questionada sobre sua decisão de incumbir a União Europeia de negociar com as empresas farmacêuticas, uma medida que os críticos afirmam ter desacelerado o processo de disponibilização vacinal.

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Funcionários do governo Merkel disseram que estão tentando acelerar a produção e distribuição de vacinas. Mais de 317 mil pessoas, idosos e profissionais de saúde, receberam até segunda-feira a primeira dose da vacina BioNTech-Pfizer.

Apesar do ritmo de vacinação mais acelerado que em vários países europeus, muitos criticam a suposta lentidão na Alemanha.