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A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, anunciou nesta quinta-feira (31) uma ordem de fechamento dos três consulados iranianos no país em reposta à execução do cidadão alemão-iraniano Jamshid Sharmahd, no último dia 28.
Em um pronunciamento, Baerbock disse que a decisão serviria para "deixar claro" a Teerã que a execução de um cidadão alemão teria "consequências sérias". Os consulados estão localizados em Frankfurt, Hamburgo e Munique.
A ministra ainda afirmou que a Alemanha buscaria sanções contra o país do Oriente Médio em toda a União Europeia (UE), especialmente contra os envolvidos na execução de Sharmahd, incluindo a Guarda Revolucionária Iraniana.
Baerbock acusou Teerã de "fazer política com reféns" e de tentar retaliar o apoio da Alemanha a Israel na crescente tensão do Oriente Médio.
Sharmahd, de 69 anos, jornalista de profissão, foi condenado em 21 de fevereiro de 2023 por supostamente liderar o grupo terrorista monárquico Tondar (Trovão), uma facção armada do Comitê da Monarquia do Irã, e de colaborar com CIA, FBI e Mossad.
De acordo com a justiça de Teerã, ele teria planejado 23 ataques em solo iraniano, dos quais executou cinco. A Suprema Corte do Irã confirmou a sentença máxima ao jornalista em abril do ano passado.
Entre os ataques que ele supostamente realizou está o atentado a bomba de 2008 na mesquita Seyed al-Shohada em Shiraz, que matou 14 pessoas e feriu 300.
Sharmahd, que tem residência nos EUA, foi acusado de liderar o grupo terrorista com sede na cidade americana de Los Angeles.
Sharmahd foi preso em 2020 em circunstâncias pouco claras. Sua família diz que ele foi sequestrado em Dubai por membros das forças de segurança iranianas e levado à força para o Irã.