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Crise grega

"Alemanha, França e Holanda comprarão títulos gregos", diz parlamentar

Alemanha, França e Holanda planejam comprar títulos gregos para ajudar Atenas a lidar com uma crise fiscal aguda, disse um membro alemão do Parlamento Europeu neste sábado (27).

Os comentários do parlamentar Jorgo Chatzimarkakis na TV da Grécia ecoaram detalhes de um plano de auxílio relatados por um grande jornal grego no sábado. A reportagem foi desdenhada por um alto funcionário do governo alemão como "bobagem".

"A Alemanha planeja comprar de imediato de 5 a 7 bilhões de euros em títulos", disse Chatzimarkakis, de origem grega, acrescentando que o banco estatal KfW e o equivalente francês Caisse des Dépôts fazem parte do acordo e irão adquirir títulos da Grécia.

Não ficou claro como Chatzimarkakis, que não é um político proeminente em seu país, soube do plano que descreveu.

Mais cedo, o diário grego Ta Nea publicou, citando fontes anônimas de bancos e do governo, que Alemanha e França planejam ajudar a Grécia com seus problemas fiscais, comprando ações ou fornecendo garantias através dos bancos estatais mencionados.

A reportagem dizia que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, discutiu o plano por telefone com o primeiro-ministro grego, George Papandreou.

Em troca do auxílio, disse o jornal, o governo grego concordou em introduzir novas medidas de austeridade fiscal no valor de aproximados 4 bilhões de euros para atingir meta de cortar o déficit fiscal em quatro pontos percentuais este ano.

O ministro das Finanças grego e a Comissão Europeia se recusaram a comentar a reportagem, que surgiu após sinais de um esforço diplomático para resolver a crise fiscal grega. O governo francês tampouco comentou.

Mas o funcionário alemão, que se recusou a dar o nome, disse não existir tal acordo.

Entretanto, uma fonte parlamentar alemã disse à Reuters que o governo prepara discretamente provisões emergenciais no orçamento para um possível auxílio à Grécia, fato negado pelo ministro das Finanças da Alemanha.

Com a opinião pública alemã fortemente contrária a uma ajuda à Grécia, o governo da chanceler Angela Merkel tem relutado em oferecer qualquer ajuda monetária concreta, além de uma promessa vaga de que vai agir "se necessário" para proteger a estabilidade financeira na zona do euro.

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