A Alemanha inaugurou no domingo um museu no local em que ficava o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde dezenas de milhares de pessoas morreram durante a era nazista.
Mais de 60 anos após a liberação do campo, políticos inauguraram um novo edifício que contém diários de vítimas do Holocausto, desenhos, itens de vestuário e objetos mantidos durante anos por parentes dos mortos, além de declarações em vídeo de sobreviventes.
Cerca de cem sobreviventes de Bergen-Belsen, que fica perto de Hanover (norte), compareceram à cerimônia de inauguração.
Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central para os Judeus na Alemanha, disse que a exibição é importante para as futuras gerações. "Devemos carregar o bastão da memória e sermos plenamente cientes dos desafios e exigências que isso envolve", disse ele, acrescentando que esse dever recai sobre judeus, cristãos, muçulmanos e ateus da Alemanha.
"Nunca ficaremos em silêncio quando o racismo e o anti-semitismo foram expressos de qualquer forma."
Estima-se que cerca de 50 mil pessoas tenham morrido nesse campo de concentração e que outros 20 mil tenham perecido no campo de prisioneiros de guerra adjacente ao local.
Anne Frank, a menina judia holandesa famosa por seus diários, morreu aos 15 anos em Bergen-Belsen.