As autoridades alemãs interromperam vários processos judiciais contra um dos filhos do ex-presidente líbio Muamar Kadafi para evitar que as relações diplomáticas com a Líbia fossem prejudicadas, informou neste sábado o jornal Spiegel.
Segundo o jornal, o ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse em cinco oportunidades ao ministério regional de Justiça da Baviera em Munique que aprofundar investigações relacionadas à Saif al Arab, que estudou na capital da Baviera, poderia trazer problemas diplomáticos.
Entre 2006 e 2010, a polícia alemã notificou 11 investigações contra Saif al Arab, acusado de tráfico de armas, atos de violência, além de dirigir sem licença e insultar policiais. Contudo, os processos foram interrompidos ao chegar a "certo nível", publicou o Spiegel. Para o jornal, fontes internas da polícia acusaram os serviços de inteligência pela a interrupção dos processos.
O chefe do governo italiano Silvio Berlusconi desmentiu no final a morte de Saif al Arab, de 29 anos. O regime de Kadhafi afirmou que ele tinha sido vítima de um bombardeio da OTAN no dia 30 de abril.
- Civis fogem de Sirte; batalha dificulta ajuda, diz ONU
- Rebeldes líbios conseguem unir frentes oriental e ocidental de Sirte
- Chávez chama de "fantoche" representante líbio na ONU