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Chanceler alemã pretende fechar completamente o país, paralisar o transporte e obrigar a população a usar máscaras profissionais durante 8 a 10 semanas.
Chanceler alemã pretende fechar completamente o país, paralisar o transporte e obrigar a população a usar máscaras profissionais durante 8 a 10 semanas.| Foto: Odd ANDERSEN / AFP

Antes exemplo de resposta à pandemia da Covid-19, a Alemanha agora enfrenta um aumento inédito na taxa de mortalidade pela doença. O governo já planeja aumentar as medidas de restrição em todo o país, o que incluiria até a obrigatoriedade do uso de máscaras profissionais por toda a população e a interrupção total do transporte público.

Desde o início da pandemia, a taxa de mortes per capita na Alemanha foi menor do que a dos Estados Unidos. Isso começou a mudar a partir de dezembro. Nesse período, diariamente, a taxa de mortalidade foi de 15/milhão. Nos EUA, essa proporção é de 13/milhão.

Para enfrentar a Covid-19, a chanceler alemã, Angela Merkel, quer implementar uma "megaquarentena", fechando todo o território. Autoridades de saúde temem que o país tenha uma explosão de casos e mortes até a Páscoa.

Segundo o jornal, entre as novas medidas avaliadas por Merkel estão a interrupção do serviço de transporte público para curta e longa distâncias, a reintrodução dos controles fronteiriços, a imposição generalizada do uso de máscaras FPP2, as mesmas utilizadas por profissionais de saúde, e a imposição do trabalho remoto

O bloqueio atual no país, sob o qual escolas e lojas e serviços não essenciais foram fechados, deveria durar até o dia 31. No entanto, a chanceler vem dizendo que o país precisaria de mais oito a dez semanas para conter a pandemia.

Nas últimas 24 horas, foram registrados 25.164 novos casos e 1.244 mortes no país. No total, são mais de 45 mil óbitos e pouco mais de 2 milhões de infecções.

Em novembro, com o avanço da segunda onda da pandemia, a Alemanha implementou uma quarentena parcial, permitindo que lojas e escolas ficassem abertas. Tudo foi fechado no mês seguinte. Em janeiro, o governo estendeu a quarentena até o fim deste mês.

Lothar Wieler, presidente do Instituto Robert Koch, a agência do governo responsável pelo controle e prevenção de doenças, disse que a segunda série de restrições não foi implementada de forma tão sólida como durante a primeira onda de contaminações. O instituto tem defendido a ampliação do confinamento em todo o país, alegando que as medidas atuais têm "muitas exceções".

Hospitais em 10 dos 16 Estados alemães estão com 85% dos leitos ocupados por pacientes com Covid-19, informou Wieler. O país tem registrado uma média de 540 novas internações de pacientes com Covid-19 ao dia - 31% deles têm morrido, de acordo com dados oficiais.

Com as mortes, aumentou muito a demanda nos crematórios. Em Meissen, cidade ao leste do país, há uma fila pelo serviço. "Atualmente, recebemos 400 (caixões) em uma semana para cremação", o dobro do número usual, disse Jörg Schaldac, diretor do crematório local.

Desde de 26 de dezembro, quando começou a vacinação, quase 900 mil pessoas foram imunizadas - o país tem por volta de 82 milhões de habitantes. Haverá uma reunião entre os líderes regionais no dia 25 para discutir novas restrições.

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