200 documentos Foi o número total de informações roubadas pelo agente duplo alemão um homem de 31 anos - que trabalhava para Washington
Ontem, dia 6, integrantes do governo alemão pediram aos Estados Unidos que respondam rapidamente sobre as ações de um suposto agente duplo, que trabalharia para Washington. "Agora espero que cada um ajude rapidamente a esclarecer as denúncias, assim como espero rápidas e claras declarações, inclusive dos Estados Unidos", afirmou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, ao jornal "Bild".
Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, indicou que Berlim pediu ao governo americano que "ajude a esclarecer as coisas o mais rápido possível". Um alto funcionário dos serviços secretos alemães confirmou à imprensa que um de seus agentes, detido na quarta-feira, espionava para os Estados Unidos.
O procurador-geral federal anunciou na quinta-feira a prisão de um alemão de 31 anos, suspeito de espionagem para uma agência estrangeira. Ele não especificou, no entanto, de qual país era o serviço de inteligência.
O agente duplo trabalhava para os americanos desde o final de 2012, e teria roubado mais de 200 documentos, parte deles relacionada com uma investigação parlamentar sobre as ações da NSA (agência de vigilância dos EUA), de acordo com o jornal Frankfurter Allgemeine am Sonntag (FAS).
Calma
A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu calma e pragmatismo para tratar do tema. A esposa do ex-presidente Bill Clinton garantiu que "é necessário esperar os fatos, porque há uma investigação federal em andamento".
Clinton, cotada para disputar a sucessão de Obama em 2016, fez as declarações em Berlim durante um ato de apresentação de sua autobiografia. No entanto, seja qual for o resultado da investigação, Hillary se mostrou a favor de não colocar em perigo as relações bilaterais entre EUA e Alemanha.
As relações entre Washington e Berlim foram abaladas pelas revelações do ex-consultor de inteligência da NSA Edward Snowden sobre a rede de espionagem americana, que incluía até mesmo líderes como Merkel.
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