O governo alemão planeja enviar até 2.400 homens da Marinha e da Aeronáutica ao Líbano como parte de uma força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), disse o líder do Partido Social Democrata, Peter Struck, nesta quarta-feira.
O contingente alemão ajudará a reforçar uma trégua entre Israel e o Hezbollah depois da guerra que matou quase 1.200 pessoas no Líbano, a maioria civis, e 157 israelenses, principalmente soldados.
A possibilidade de transferir soldados alemães ao Oriente Médio, 60 anos depois de os nazistas matarem 6 milhões de judeus, dividiu o país. Apenas recentemente a Alemanha abriu mão de sua relutância em participar de missões de combate no exterior.
Parcialmente por causa de temores de que soldados alemães podem acabar combatendo forças israelenses, o governo alemão se recusou a enviar tropas de infantaria. Em vez disso, a força alemã terá como foco o patrulhamento da costa libanesa para impedir o tráfico de armas para o Hezbollah.
Struck, falando em Berlim enquanto o gabinete reunia-se para aprovar a missão, disse que o governo prevê que os soldados ficarão no Oriente Médio até agosto de 2007.
O gabinete deve aprovar a missão nesta quarta-feira. Então, a mobilização deve ser aprovada pela câmara baixa do Parlamento, em uma votação que provavelmente acontecerá no fim da semana, ou na semana que vem.
A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma força expandida de até 15 mil soldados no sul do Líbano. A contribuição alemã é a segunda maior para a força, atrás apenas da Itália, que enviará 3 mil homens. A França prometeu um total de 2 mil militares.