O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, é recebido pelo presidente francês, Emmanuel Macron, durante cúpula de segurança em Paris| Foto: EFE/EPA/TERESA SUAREZ
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O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, pediu nesta segunda-feira (17) união entre os aliados da Otan, após os Estados Unidos terem deixado a Europa de lado nas negociações de cessar-fogo na guerra da Ucrânia.

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“Não deve haver divisão de segurança e responsabilidade entre a Europa e os Estados Unidos”, disse Scholz em Paris, durante uma cúpula emergencial convocada para discutir a segurança do continente e a postura dos europeus diante das conversas para encerrar o conflito iniciado em fevereiro de 2022.

“A Otan se baseia em nós sempre agindo juntos e compartilhando o risco, garantindo assim nossa segurança. Isso não deve ser questionado”, acrescentou o chanceler, segundo informações da DW.

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Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador russo, Vladimir Putin, conversaram por telefone e concordaram em iniciar negociações para um cessar-fogo na Ucrânia.

Tanto Washington quanto Moscou recusaram a participação de países europeus nessas conversas, embora os Estados Unidos tenham aberto uma brecha para que aliados da Otan atuem como forças de paz caso um cessar-fogo seja alcançado.

“Nós saudamos que haja conversas visando criar a paz, mas está claro para nós que isso não significa que pode haver uma paz imposta, e que a Ucrânia deva aceitar” termos que considere injustos, acrescentou Scholz.

Deixada de lado nas negociações, a Europa ajudou mais a Ucrânia do que os Estados Unidos durante a guerra.

Segundo dados do think tank alemão Instituto Kiel para a Economia Mundial, desde o início do conflito, países europeus mandaram 132,3 bilhões de euros (quase US$ 139 bilhões) em ajuda militar, humanitária e financeira para os ucranianos, enquanto os Estados Unidos enviaram 114,2 bilhões de euros (cerca de US$ 120 bilhões).

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