A Alemanha anunciou nesta segunda-feira (14) que prevê receber um total de 1 milhão de refugiados em 2015, ou 200 mil a mais do que a estimativa anterior. O país defendeu, dessa forma, a sua reintrodução de controles de fronteira dentro do espaço Schengen.

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A ideia conta com o apoio da Eslováquia e da Áustria -a qual anunciou também o envio das Forças Armadas para ajudar no controle de sua fronteira com a Hungria.

A informação é divulgada no momento em que os ministros do Interior e da Defesa de 28 países da União Europeia (UE) se reúnem para conversas em Bruxelas na tentativa de aprovar um acordo de divisão de 160 mil refugiados pelo bloco nos próximos dois anos. O plano, porém, tem recebido críticas de países da Europa Oriental.

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A chegada de cerca de 500 mil refugiados até o momento em 2015 tem pegado as autoridades da UE despreparadas – e a Alemanha alertou que o ritmo de chegadas destes pode aumentar.

O vice-chanceler do país, Sigmar Gabriel, disse em uma carta ao seu partido que “tudo aponta para que não tenhamos 800 mil imigrantes [neste ano] como estava anteriormente previsto pelo Ministério do Interior, mas 1 milhão” apenas na Alemanha.

Um dia após o país ter reinstituído o controle de sua fronteira com a Áustria, o porta-voz do governo afirmou que esse procedimento, temporário, “não significa um fechamento da fronteira”.

“Refugiados continuarão a vir para a Alemanha. Nós esperamos que isso possa acontecer em um processo mais ordenado e em um processo pan-Europeu no qual cada Estado cumpre o seu dever de solidariedade”, disse Steffen Seibert.

O restabelecimento temporário do controle de fronteira é permitido pelas regras do espaço Schengen, em casos excepcionais.

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Gabriel defendeu a decisão do seu país, afirmando ser um “sinal claro” para “os parceiros europeus de que a Alemanha, mesmo que estejamos preparados para prestar uma assistência desproporcional, não pode acomodar todos os refugiados sozinha”.

O país é, no momento, o principal destino final de refugiados no continente.