Siert Bruins, outro suspeito de crimes de guerra nazistas, deixa tribunal em Hagen, na Alemanha| Foto: Wolfgang Rattay/Reuters

Ação criminosa

Grupo revela invasão a escritório do FBI 41 anos depois

Um grupo de oito ativistas norte-americanos invadiu o escritório do FBI em Media, Pensilvânia, em 1971, roubou vários arquivos e vazou parte do conteúdo para meios de comunicação. O caso nunca foi resolvido pela polícia. Ontem, eles decidiram vir a público para falar do caso. O grupo não pode ser denunciado, já que o crime expirou em 1976.

Décadas antes de Edward Snowden revelar os programas de vigilância da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), o grupo expôs como o governo estava visando manifestantes.

Liderados por William C. Davidson, professor de física na Haverford College, eles invadiram o escritório do FBI na noite em que o país assistia à luta entre Muhammad Ali e Joe Frazier pela televisão, e saíram do local com malas cheias de arquivos.

Os integrantes do grupo decidiram falar antes do lançamento de um livro e um documentário sobre a ação. Keith Forsyth que participou da ação, explicou que o grupo ficou calado porque queria que o público prestasse atenção às informações dos arquivos.

"Nós queríamos que o foco ficasse nos documentos que encontramos e não em nós", afirmou Forsyth. O grupo disse enviou aos jornalistas apenas os documentos que mostravam investigações do FBI contra civis e não os que pudessem comprometer a segurança nacional.

Agência Estado

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Autoridades alemãs informaram ontem que indiciaram um homem de 88 anos, ex-soldado da SS nazista, por 25 acusações de assassinato. Ele teria participado de um dos maiores massacres de civis na França ocupada.

O porta-voz do tribunal do Estado de Colônia, Achim Hengstenberg, disse que o suspeito, Werner C., cujo sobrenome não foi divulgado em razão das leis de privacidade alemãs, também foi indiciado por centenas de acusações por participação indireta no massacre ocorrido em Oradour-sur-Glane, sul da França, em 1944.

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Promotores da cidade alemã de Dortmund afirmam que o suspeito atirou contra 25 homens, como integrante de um pelotão de fuzilamento, e ajudou tropas a bloquear e atear fogo a uma igreja, na qual dezenas de mulheres e crianças foram queimadas vivas. No total, 642 homens, mulheres e crianças foram mortos.

O advogado do suspeito, Rainer Pohlen, disse que seu cliente não nega ter estado na vila, mas afirma que não disparou um tiro sequer naquele dia e não esteve envolvido em quaisquer outros assassinatos. "Meu cliente contesta qualquer participação neste massacre, que ele considera um ato verdadeiramente terrível", disse ele.

O tribunal precisa decidir se vai adiante com o julgamento, mas os suspeito tem até 31 de março para responder às acusações. Se o caso for julgado, ele possivelmente será realizado num tribunal juvenil, pois o suspeito tinha apenas 19 anos na época do crime. O suspeito fazia parte da 3ª Companhia do 1º Batalhão do regimento "Der Fuehrer" da divisão "Das Reich" da SS.

No dia 10 de junho de 1944, apenas quatro dias depois do desembarque na Normandia, o "Dia D", a companhia atacou Oradour-sur-Glane em represália ao sequestro de um soldado alemão pela resistência francesa.

As tropas levaram os civis para celeiros e a seguir para a igreja, bloquearam as portas e atearam fogo em toda a cidade. Os que não foram mortos pelo fogo foram alvejados enquanto fugiam, embora alguns tenham conseguido escapar.

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642 pessoas incluindo mulheres e crianças foram mortos em Oradour-sur-Glane, sul da França, em 1944. Werner C. fazia parte do pelotão de fuzilamento e, segundo promotores, atirou em 25 homens. Ele também ajudou tropas a bloquear e atear fogo a uma igreja, na qual dezenas de mulheres e crianças foram queimadas vivas.