A União Americana de Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira que estava entrando com um processo em nome de um alemão de origem libanesa que teria sido preso por engano pelo governo americano. Ele seria vítima de uma das táticas empregadas pela agência central de inteligência americana na guerra ao terror. Os EUA são suspeitos de manterem prisões secretas no Leste Europeu para interrogar suspeitos de terrorismo.
O grupo está processando o ex-diretor da CIA George Tenet em nome de Khaled el-Masri, que diz ter sido preso injustamente pela CIA em 2003 e enviado para outro país para ser interrogado. Grupos de defesa de direitos humanos dizem que os suspeitos são enviados a países do Oriente Médio e de outras regiões para serem torturados.
De acordo com o texto do processo, o avião que trasladou Masri ao Afeganistão saiu de Pala de Mallorca, na Espanha, em 23 de janeiro do ano passado. A aeronave pegou o alemão em Skopje, capital da Macedônia, e o conduziu a Cabul, capital afegã, via Bagdá.
- Decidi viajar à Macedônia sem minha família e passar uns dias de férias prque estava um pouco estressado - contou Masri, que teve o visto de entrado nos EUA negado. Ele queria acompanhar o início do processo.
- Nosso governo atuou como es estivesse acima da lei - disse nesta terça-feira Anthony Romero, diretor-executivo da ACLU.
Segundo a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, admitiu que pode ter havido um engano e disse que, se os EUA cometeram erros em sua guerra ao terror, eles serão consertados. A secretária está na Alemanha como parte de um tour diplomático.
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