A associação americana de produtores de filmes pornográficos anunciou a suspensão temporária das filmagens após a descoberta de um caso de sífilis, ao mesmo tempo em que um grupo que defende o uso de preservativos nas produções garante que o número de atores infectados é muito maior.
A associação Free Speech Coalition (FSC), que reúne os produtores de filmes pornográficos, instalados em sua grande maioria em Los Angeles, exigiu que seus integrantes suspendam as filmagens "até que o risco para os atores tenha sido adequadamente avaliado e todos os intérpretes tenham sido examinados".
Os exames, administrados pelos serviços médicos da FSC, aconteceram na terça-feira (21).
Os atores também terão que tomar antibióticos, antes de retornar ao trabalho dentro de 10 dias.
Na sexta-feira (17), o serviço de saúde do condado de Los Angeles anunciou a abertura de uma investigação sobre o aumento dos casos de sífilis - pelo menos cinco na semana anterior - na indústria do cinema pornô.
A Fundação para o Cuidado da Saúde das Pessoas com Aids (AHF, na sigla em inglês), que defende o uso obrigatório de preservativos nos filmes, afirma que a indústria pode estar tentar "esconder uma explosão de casos de sífilis entre os atores de filmes pornográficos".
A associação cita "fontes confiáveis" que mencionaram pelo menos nove casos de sífilis no setor.
A AHF conseguiu aprovar um referendo, que acontecerá em novembro, para uma lei que obrigue o uso de preservativos nos filmes pornôs, um texto já aprovado em janeiro pela cidade de Los Angeles.
A indústria do cinema pornô teve que suspender os trabalhos em 2011, depois que um ator foi diagnosticado como soropositivo.