Israel determinou que quatro navios de cruzeiro, com 3.500 israelenses a bordo, mudassem de curso nesta sexta-feira e não atracassem na Turquia, por causa de um alerta de segurança, afirmaram autoridades.
A Rádio Israel disse que um "alerta de terror" fez o ministro dos Transportes, Meir Sheetrit, orientar os navios de bandeira israelense que haviam saído de Haifa a não se aproximar do porto turco de Alanya, onde deveriam atracar.
- Houve uma ameaça específica, e por causa das advertências dos serviços de segurança israelense e turco, o ministro tomou a decisão de ordenar aos navios que não atracassem em Alanya e que seguissem para outros portos - disse Ora Salomon, porta-voz do Ministério dos Transportes, sem dar mais detalhes.
Uma fonte do setor de segurança do Chipre disse que dois dos navios, o Iris e o Jasmine, operados pela Manos Cruises, com sede em Haifa, foram desviados para o porto cipriota de Limassol "porque se temia um ataque terrorista em Alanya".
Os dois navios, com 550 passageiros cada um, foram escoltados pela guarda costeira até Limassol. Houve mobilização de policiais extras.
Uma fonte portuária disse que as embacações passariam a noite ali, algo que considerou muito incomum para navios israelenses. Os outros dois navios envolvidos são o Dream Princess, com capacidade para 1.257 passageiros, e o Magic 1.
Uma fonte do governo cipriota disse que um terceiro navio, provavelmente o Dream Princess, estava seguindo para o segundo porto da ilha, em Larnaca.
A Turquia é alvo freqüente de vários grupos radicais, desde islâmicos radicais até separatistas curdos, passando por ativistas de extrema-esquerda.
Uma importante autoridade policial de Istambul disse recentemente a um jornal que a Turquia tinha a expectativa de sofrer um novo ataque da Al-Qaeda até novembro. Ele disse que a polícia estava monitorando mil pessoas suspeitas de manter ligações com a Al-Qaeda.
Em novembro de 2003, bombas explodiram em duas sinagogas, no consulado britânico e numa filial de um banco britânico em Istambul, matando mais de 60 pessoas. Os ataques foram reivindicados por uma célula local da Al-Qaeda.
Na quarta-feira, duas mulheres morreram numa explosão num subúrbio de Istambul. A imprensa turca acusou militantes curdos pela explosão, embora a polícia não tenha confirmado essa tese.
No mês passado, cinco pessoas morreram na explosão de uma bomba num microônibus na cidade turística de Kusadasi, às margens do mar Egeu. O ataque também foi atribuído a extremistas curdos.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura