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Leonid Volkov, ex-chefe de gabinete do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny, foi vítima de um ataque violento nesta terça-feira (12) em frente à sua residência em Vilnius, Lituânia.
Segundo Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny, um agressor quebrou o vidro do carro de Volkov e o atingiu com gás lacrimogêneo, antes de começar a golpeá-lo com um martelo.
“Leonid Volkov acabou de ser atacado do lado de fora de sua casa. Alguém quebrou uma janela do carro e pulverizou gás lacrimogêneo em seus olhos, após isso, o agressor começou a golpear Leonid com um martelo”, escreveu Yarmysh em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
“Leonid está agora em casa, a polícia e a ambulância estão a caminho dele”, disse a porta-voz.
A porta-voz compartilhou também no X uma publicação que mostrava o estado de Volkov após o ataque: https://twitter.com/a_biryukova/status/1767646920976027911
Segundo informações da CNN, Volkov, que atuou como presidente da Fundação Anticorrupção de Navalny até 2023, criticou as eleições presidenciais russas no começo deste mês, classificando o pleito como um “circo”. Conforme veiculou a emissora americana, Volkov expressou em suas redes sociais que as eleições russas servem para mostrar um falso apoio em massa a Putin.
“É preciso entender o que as ‘eleições’ de março significam para Putin. São um esforço de propaganda para espalhar desesperança entre o eleitorado”, teria dito Volkov.
O ataque contra o aliado do opositor falecido em fevereiro ocorre justamente na semana em que será realizada as eleições no país de Vladimir Putin. O pleito não deve contar com opositores e, segundo informações, está recheado de candidatos de fachada.
Analistas apontam que Putin deve ser reeleito e pode ampliar seus poderes no país, que neste momento está realizando uma invasão no território ucraniano.
A morte de Navalny no mês passado em uma prisão no Ártico gerou condenações de líderes mundiais. O presidente dos EUA, Joe Biden, inclusive chegou a acusar diretamente Putin pela morte do opositor. O Kremlin negou qualquer envolvimento na morte de Navalny.