Forças de segurança de Belarus, cujo ditador, Alexander Lukashenko, é aliado da Rússia, iniciaram uma perseguição a russos que eventualmente fujam para o país para evitar a convocação para servir na guerra da Ucrânia.
Na quarta-feira (21), o presidente Vladimir Putin anunciou a mobilização de 300 mil reservistas para lutar no conflito. Segundo o jornal bielorrusso independente Nasha Niva, o regime de Lukashenko emitiu uma ordem verbal para identificar eventuais reservistas russos.
Desde quarta-feira, vários têm tentado fugir para outros países, de carro ou avião, e Belarus, apesar da proximidade com o Kremlin (permitiu que seu território fosse usado para invadir o norte da Ucrânia no início da guerra), é uma rota de fuga em potencial porque não há controles de fronteira entre os dois países.
De acordo com fontes ouvidas pelo Nasha Niva, essa perseguição consiste em contatos com proprietários de imóveis alugados por cidadãos russos, monitoramento de carros novos com placas russas (que estão sendo rastreadas) e verificação de documentos.
O canal de Telegram bielorrusso Maya Kraina Belarus, que, assim como o Nasha Niva, foi declarado “extremista” pelo regime de Lukashenko, informou que policiais do aeroporto da capital, Minsk, também começaram a monitorar homens com passaportes russos que passam pelo terminal.
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