O ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, principal aliado da Rússia e no poder desde 1994, anunciou neste domingo (25) que concorrerá à reeleição em 2025.
"Eu vou, eu vou, eu vou. Digam a eles (adversários) que eu vou me candidatar", declarou o mandatário, cuja reeleição em 2020 provocou os maiores protestos contra o governo na história da ex-república soviética.
Em declarações reproduzidas pela agência de notícias estatal BELTA, Lukashenko afirmou que a reeleição é "muito importante" para ele.
"Nenhuma pessoa, nenhum presidente responsável, abandona as pessoas que lutam por ele", disse o governante após votar nas eleições parlamentares e municipais em Belarus, que foram boicotadas pela oposição.
Lukashenko, cuja reeleição em 2020 não foi reconhecida pelo Ocidente, disse que não permitirá que seus detratores realizem uma mudança de poder.
O ditador afirmou ainda que não pode "ir embora amanhã" porque isso seria uma traição ao país. Ao mesmo tempo, admitiu que ainda falta um ano para as próximas eleições presidenciais e que muitas coisas "podem mudar" até a data.
A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, já havia convocado um boicote às eleições parlamentares, nas quais, de acordo com as autoridades, 43,64% do eleitorado já havia votado neste domingo (25).
Quanto ao reconhecimento dessas eleições, Lukashenko disse que Belarus não precisa da aprovação do Ocidente.
Na semana passada, o ministro da Defesa bielorussa, Viktor Khrenin, anunciou uma nova cooperação do país com a Rússia para o próximo ano.
Segundo Khrenin, os dois países farão exercícios militares conjuntos, fruto de um acordo firmado em 2009. “Naquele ano, nossos governos decidiram que a cada dois anos algum tipo de exercício deveria ser realizado no território de um dos os países”, explicou, sem dar detalhes adicionais sobre as novas operações.
Em março do ano passado, os dois líderes aliados fecharam uma parceria para a implantação de armas nucleares táticas de Moscou no país vizinho, com o qual acelerou a integração da política de defesa nos últimos anos.
Em 2022, quando as forças da Rússia e Belarus realizaram operações conjuntas, parte das tropas cruzou a fronteira ucraniana e a invasão de Moscou a Kiev teve início.
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