Um grupo de políticos peruanos aliados a Keiko Fujimori solicitou neste sábado (26) uma reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, para apresentar irregularidades que teriam ocorrido durante as eleições presidenciais de 6 de junho.
Em uma nota assinada pelo ex-primeiro-ministro Jorge del Castillo, a assessora jurídica de Keiko, Lourdes Flores, e a deputada eleita Adriana Tudela, filha de Francisco Tudela, vice-presidente de Alberto Fujimori, entre outros, o grupo solicita "uma reunião informativa" para apresentar "as últimas conclusões" sobre a suposta fraude no pleito.
Nenhum órgão internacional de observação eleitoral, incluindo a própria OEA, encontrou vestígios de irregularidades nas eleições. A apuração terminou há mais de uma semana com derrota de Keiko, da Força Popular, para Pedro Castillo, do partido Peru Livre, por mais de 40 mil votos.
Além disso, a OEA afirmou na última quinta-feira que verificou que os desafios aos resultados da votação que o grupo pró-Keiko está pressionando para anular cerca de 200 mil votos em áreas rurais e camponesas que apoiaram Castillo esmagadoramente estão sendo realizados "de acordo com a lei e os regulamentos em vigor".
O grupo de políticos já realizou uma coletiva de imprensa na última quinta-feira na qual pediu para a OEA fazer uma auditoria das eleições e pressionou o presidente interino Francisco Sagasti a solicitar esta análise.
A Missão de Observação Eleitoral da OEA, liderada pelo ex-Ministro das Relações Exteriores do Paraguai Rúben Ramírez, continua monitorando a crise eleitoral peruana desde que chegou ao país, antes do dia das eleições.