Aliados do presidente Evo Morales tiveram avanços leves nas eleições regionais da Bolívia realizadas no domingo (4), segundo pesquisas independentes de boca-de-urna. O partido de Morales, Movimento Ao Socialismo (MAS), tinha boas chances de ganhar em cinco dos nove departamentos (Estados) em disputa, segundo pesquisas divulgadas pelas emissoras de televisão ATP e Unitel. Os primeiros resultados oficiais devem sair nesta segunda-feira.
As vitórias devem consolidar o domínio de Morales sobre os departamentos de La Paz e Cochabamba, onde governadores da oposição foram substituídos, em 2008, após desafiarem o presidente a convocar um referendo e perderem nas urnas. A oposição, porém, manteve pelo menos três dos quatro departamentos mais disputados, segundo as pesquisas. Em Pando, no norte do país, a disputa deve ser acirrada.
O presidente mostrou certo desapontamento, pedindo a colaboração dos oposicionistas. "A oposição deve entender que não se pode parar esse processo de mudança", afirmou Morales. "Se eles não se unirem a nós, que pelo menos contribuam para que o povo vença." O governador oposicionista Rubén Costas, porém, comemorou sua reeleição em termos duros. "As forças da democracia venceram a tirania", afirmou.
No Congresso, os governistas têm uma maioria folgada. A situação pode ainda conseguir maioria confortável no Judiciário, na primeira eleição nacional para os representantes das mais importantes cortes do país. Mesmo com apoio de dois terços dos bolivianos, Morales continua a ser frustrado por governadores da oposição, que já tentaram sem sucesso tomar controle dos royalties do gás natural do país.
As pesquisas mostravam a oposição vencendo em Tarija, Santa Cruz e Beni. Neste último departamento, concorria pela situação a novata Jessica Jordan, que já ganhou concursos de beleza. Em importantes eleições para prefeito, os candidatos do governo conseguiram três importantes cidades, mas perderam em La Paz.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião