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Políticos russos criticaram nesta quarta-feira (30) o pacote de sanções econômicas contra o país anunciado pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O vice primeiro-ministro, Dmitry Rogozi, usou um tom de ironia ao comentar a decisão americana de bloquear ativos da United Shipbuilding Corporation, uma das principais empresas russas de construção militar.

"É um sinal claro de que a construção naval militar russa está se tornando um problema para os inimigos da Rússia", disse, por meio de sua conta no Twitter.

Também pelo Twitter, o presidente do comitê de Relações Exteriores do Parlamento, Alexei Pushkov, afirmou que as pessoas já esqueceram que o presidente americano, Barack Obama, ganhou um Nobel da Paz (em 2009).

"Obama não vai para a história como um pacificador, mas como quem começou uma nova Guerra Fria", disse.

O presidente russo, Vladimir Putin, ainda não se manifestou sobre as sanções anunciadas ontem (29) para tentar enfraquecer o seu apoio aos separatistas no leste da Ucrânia.

As novas medidas - as mais duras contra a Rússia desde o fim da Guerra Fria, em 1991 - buscam afetar as áreas de energia, tecnologia, finanças e defesa. Uma delas é a restrição dos bancos russos para operar no mercado europeu e nos Estados Unidos. Três deles, controlados pela Rússia, não poderão realizar financiamentos a longo prazo em território americano: VTB, Bank of Moscow e Russian Agricultural Bank.

Instituições bancárias da Rússia estão proibidas de rolar dívidas ou fazer qualquer outro tipo de captação de recursos com bancos europeus pelos próximos três meses, quando esta e as demais sanções serão reavaliadas. Foi anunciado o embargo na negociação de armas e de tecnologias para uso duplo (civil e militar) com os russos, setor que movimenta 20 bilhões de euros (R$ 60 bilhões) por ano entre Moscou e UE.

Outra sanção é a barreira na negociação de tecnologias destinadas à exploração petrolífera. As medidas devem receber resistência do setor privado na Europa que faz negócio com a Rússia.

As potências também o acusam de não ter pressionado os separatistas a facilitar o acesso ao local onde caíram os destroços do avião com 298 pessoas a bordo, provavelmente abatido por um míssil lançado pelos rebeldes.

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