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Um amigo do presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi preso na quarta-feira e outro será investigado por conta do possível envolvimento em um caso de corrupção ligado à venda de armas e a um ataque a bomba que provocou mortes no Paquistão, disseram advogados e fontes policiais.

O caso traz de volta à tona a "Questão Karachi" sete meses antes da eleição presidencial na França, que, segundo pesquisas, Sarkozy perderia se fosse realizada hoje.

Thierry Gaubert, amigo e assessor de Sarkozy durante muitos anos, foi colocado sob investigação por suspeita de ter transportado dinheiro de suborno recebido pela venda de submarinos ao Paquistão em malas de viagem para a França.

Nicolas Bazire, que foi uma testemunha no casamento de Sarkozy com Carla Bruni em 2008, está preso pelas alegações de ter recebido o dinheiro entregue por Gaubert em Paris.

Bazire e Gaubert negam as acusações.

Os problemas jurídicos dos dois acusados são uma reviravolta no complexo caso que busca determinar se o ataque a bomba de 2002 em Karachi, quando 11 trabalhadores franceses foram mortos, foi uma represália contra a França por sua decisão de parar de pagar comissões ao Paquistão pela venda de armas.

A questão também se relaciona à política francesa porque juízes suspeitam que as propinas ajudaram a financiar a campanha presidencial de Edouard Balladur, um ex-premiê conservador, em 1995. Bazire era chefe de gabinete de Balladur, que nega todas as acusações.

As famílias das vítimas pediram a Sarkozy - que era ministro do Orçamento no governo de Balladur e porta-voz de sua campanha - que responda às perguntas sobre os subornos e sobre um elaborado esquema de financiamento visando enviar dinheiro para a França.

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