Pessoas ligadas ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, vazaram à imprensa nos últimos meses detalhes sobre a vida privada de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), informou o jornal francês Le Monde, adiantando informações de uma reportagem que estará em sua edição de amanhã.
O Le Monde diz ter recebido recentemente uma cópia de um documento policial descrevendo como Strauss-Kahn foi encontrado "em uma situação embaraçosa em um carro, a oeste de Paris, em um lugar bastante conhecido pelo sexo pago", durante uma patrulha policial de rotina. O flagrante teria ocorrido antes de Sarkozy ser eleito, em maio de 2007.
Strauss-Kahn se tornava cada vez mais popular nas pesquisas para a próxima corrida presidencial na França, marcadas para maio do ano que vem. Aliados de Sarkozy, que deve tentar a reeleição, disseram a jornalistas que tinham Strauss-Kahn em suas mãos, pois podiam revelar segredos sobre sua conduta sexual, afirmou o diário. Um porta-voz do presidente francês não quis comentar o caso no momento.
Membro do oposicionista Partido Socialista, Strauss-Kahn, de 62 anos, foi preso em meados deste mês em Nova York e acusado por crimes sexuais, incluindo tentativa de estupro, contra uma camareira do luxuoso hotel Sofitel, em Manhattan. Strauss-Kahn renunciou à chefia do FMI e foi libertado após pagar fiança. Agora, está em prisão domiciliar nos EUA, vigiado 24 horas por dia.
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