Num dos dias mais violentos na Líbia desde o início da intervenção militar, no sábado, a coalizão lançou na quarta-feira (23) 175 ataques, com mísseis e projéteis de artilharia aérea, contra as forças de Muamar Kadafi, que tentavam avançar sobre posições rebeldes. Um dos alvos foi um complexo militar em Ajdabiya e objetivos do regime de Kadafi em Zawiya.
As forças aliadas lançaram vários ataques ontem contra alvos militares em Trípoli, destruíram um avião da Força Aérea líbia e atacaram tropas de Kadafi onde elas ameaçavam a população civil. Em Misrata, aviões ocidentais silenciaram, pelo menos temporariamente, os tanques e a artilharia nas imediações da cidade tomada pelos rebeldes.
Durante o dia, foi divulgada a notícia de que os líderes rebeldes tinham anunciado a formação de um governo transitório, com a tarefa de organizar melhor a luta contra o regime de Kadafi e ao mesmo tempo garantir a integridade territorial da Líbia. No entanto, à noite, os rebeldes desmentiram a informação.
A "estrutura" mais requerida de imediato é um comando militar para os combatentes rebeldes na luta contra as forças do regime. Armados com fuzis e peças de artilharia, enquanto os soldados de Kadafi têm grande quantidade de foguetes e tanques, os rebeldes combatem de forma desorganizada e só conseguem manter suas posições graças aos bombardeios das forças aliadas.
Diante dos ataques das forças internacionais, as tropas leais a Kadafi detiveram sua ofensiva. Segundo o contra-almirante americano Gerard Hueber, as forças do líder líbio continuam violando a resolução do Conselho de Segurança da ONU ao atacar a população civil. Por isso, os aliados estão agora atacando as forças terrestres, a artilharia e os mísseis móveis de Kadafi.
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