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Diplomacia

Aliança do Pacífico “não tira sono” do Brasil, afirma assessor de Dilma

Bloco formado por Chile, Colômbia, Peru e México conta com a simpatia dos EUA e vai rivalizar com o Mercosul

Os presidentes Enrique Peña Nieto (México), Juan Manuel Santos (Colômbia), Ollanta Humala (Peru) e Sebastián Piñera (Chile) selam criação da Aliança do Pacífico, em Bogotá | Mauricio Dueñas Castañeda/EFE
Os presidentes Enrique Peña Nieto (México), Juan Manuel Santos (Colômbia), Ollanta Humala (Peru) e Sebastián Piñera (Chile) selam criação da Aliança do Pacífico, em Bogotá (Foto: Mauricio Dueñas Castañeda/EFE)

Oficialmente, o Brasil não demonstra preocupação com a Aliança do Pacífico, bloco criado na quinta-feira e que se firma na América Latina como rival do Mercosul.

"Também estamos olhando para o Pacífico. Mas não basta só olhar, tem de fazer. Isso não nos tira o sono. O mundo é cheio de concorrência, não há antagonismo", disse ontem o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, na chegada da presidente Dilma Rousseff à Etiópia (África oriental).

INFOGRÁFICO: Entenda a Aliança do Pacífico e sua rivalidade com o Mercosul

A Aliança reúne Chile, Colômbia, Peru e México, uma área de comércio que tem 209 milhões de habitantes e PIB de US$ 2 trilhões (cerca de R$ 4 trilhões).

O tamanho é apenas um pouco menor do que o do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela), que reúne 279 milhões de habitantes e tem PIB de US$ 3,3 trilhões (R$ 6,6 trilhões).

Enquanto o Mercosul vive de crise em crise (especialmente entre brasileiros e argentinos), a Aliança acaba de concluir uma rodada de redução tarifária, tem a simpatia dos Estados Unidos e pode atrair novos membros.

"O peso das economias do Mercosul é maior. Não temos nenhuma pinimba com a Aliança do Pacífico, é normal que se organizem", minimizou Garcia. Para ele, porém, é cedo para avaliar que tipo de união é a Aliança.

África

Dilma chegou ontem à Etiópia para participar das comemorações dos 50 anos da União Africana, que reúne países do continente. O Brasil é um dos convidados de honra do evento, e Dilma discursará hoje representando a América do Sul.

"Eu acho uma deferência o Brasil ter sido convidado para falar em nome da nossa região. Reflete o reconhecimento da importância que o Brasil atribui à África", disse a presidente.

Ela defendeu uma "cooperação não opressiva" com países africanos. "O Brasil quer não só estabelecer relações comerciais, investir aqui, vender, quer também uma cooperação que não seja opressiva."

O Brasil assinou com a Etiópia acordos nas áreas de educação, transporte e ciência e tecnologia. O Brasil também cederá professores para universidades africanas, em um convênio a ser assinado hoje.

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