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O almirante reformado Harry Harris, ex-chefe do Comando dos Estados Unidos no Indo-Pacífico, defendeu nesta terça-feira (7) a modernização da tríade nuclear norte-americana diante da ameaça chinesa.
Harris afirmou durante uma sessão do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes que Pequim tem o projeto de “um rejuvenescimento nacional por volta de 2049”, quando se celebra o centenário da moderna República Popular da China, o que ficará ressaltado com “uma capacidade nuclear” em 2027.
O almirante apontou que 2027 é a janela estabelecida pelo almirante Philip Davidson, que também foi chefe do Comando Indo-Pacífico, para um possível ataque da China contra Taiwan. Mas para o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, esse conflito pode ser iniciado ainda em 2025.
"Cabe a nós modernizar também nosso arsenal nuclear, para estarmos atualizados, não queremos criar uma situação em que a China ou outro país possa conceber um ataque bem-sucedido", afirmou.
Harris ainda defendeu que a situação de segurança entre os países está em níveis "mais voláteis e perigosos", mas que a China ainda não se compara aos EUA em capacidade militar, embora os chineses avançaram em poderio bélico com mísseis hipersônicos e investimentos na Marinha.
A audiência no Congresso norte-americano ocorreu dias após os EUA terem destruído um balão espião chinês, que sobrevoou o território do país por vários dias.