Sindicatos de motoristas e donos de transportadoras iniciaram ontem na Bolívia uma "greve por tempo indeterminado" contra o inesperado aumento de combustíveis decretado pelo governo Evo Morales no domingo. A medida provocou duras críticas até da Central Operária Boliviana (COB), importante braço sindical de "apoio crítico" a Morales.
Segundo jornais e rádios locais, o transporte de passageiros em La Paz reduziu-se ao mínimo, e quem circula cobra ao menos o dobro. Ontem, quando Evo Morales estava em visita na Venezuela, o vice-presidente, Álvaro García Linera, anunciou alta de 73% para a gasolina comum, que passou a custar US$ 0,92. García Linera justificou a medida dizendo que o governo não pode mais subsidiar a importação de combustíveis que são depois desviados pelo contrabando aos países vizinhos.