Um estudante de 16 anos deixou 21 alunos e um segurança feridos nesta quarta-feira (9) em um ataque com duas facas em uma escola de ensino médio em Murrysville, cerca de 30 km a leste de Pittsburgh, na Pensilvânia, nos EUA.
O ataque aconteceu na Franklin Regional High School, que tem 1.200 alunos, pouco após as 7h (8h de Brasília), quando as aulas estavam começando.
O suspeito, identificado pela rede de TV CNN como Alex Hribal, foi acusado de agressão grave e de quatro tentativas de homicídio.
Hribal entrou em várias salas de aula e esfaqueou alunos também no corredor, até que foi detido por um policial que trabalha no local, com a ajuda do diretor da escola. Toda a ação durou cerca de 15 minutos.
"Havia uma poça de sangue", disse o aluno Michael Float, que encontrou um amigo ferido nas escadas. "Ele tinha sangue caindo do lado direito do estômago", relata. Uma professora pressionava o ferimento para evitar mais perda de sangue.
Os alunos feridos, a maioria tendo entre 14 e 17 anos, foram transportados para hospitais da região, dos quais quatro de helicóptero.
No Hospital Regional de Forbes, três estudantes passaram por cirurgia e dois estavam em situação crítica na tarde desta quarta.
Já no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, havia dois alunos internados na UTI.
Um dos pacientes mais gravemente feridos é um rapaz de 17 anos que foi esfaqueado bastante próximo ao coração, segundo médicos de Pittsburgh.
Muitos alunos foram atingidos nos braços e pernas, mas há alguns com ferimentos no tórax.
"Os gravemente feridos foram esfaqueados na região do abdômen", disse Mark Rubino, diretor do Hospital Regional de Forbes.
Hribal foi algemado e está sendo tratado por causa de cortes nas mãos.
O motivo da ação não está claro, ainda que investigadores estejam analisando relatos de telefonemas de ameaça entre o suspeito e outro aluno, segundo o chefe de polícia Thomas Seefeld.
Segundo a estudante Mia Meixner, que falou à CNN, Hribal, aluno do segundo ano, era tímido e tinha poucos amigos, mas não era alvo de bullying.
Durante o ataque, um aluno soou o alarme de incêndio, criando pânico, mas também fazendo com que os alunos deixassem o local rapidamente, segundo Seefeld.
As aulas foram canceladas, e os alunos foram levados a uma escola primária, segundo um comunicado da Franklin Regional High School.
A escola deve ficar fechada de dois a três dias, segundo o superintendente Gennaro Piraino.
O presidente dos EUA, Barack Obama, expressou solidariedade aos familiares e vítimas do ataque, informou a Casa Branca.
"Seus pensamentos e orações estão com as vítimas e com suas famílias", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.