Bogotá - O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, reconheceu ontem que um policial disparou sua arma durante as manifestações de indígenas e camponeses no sudoeste do país. Ele negou, no entanto, que os tiros tenham matado algum manifestante.
"A polícia realmente disparou (...), mas os indígenas morreram, perderam a vida, como foi atestado pelo Instituto Médico Legal, por causa dos explosivos detonados pelos terroristas infiltrados nas manifestações, disse Uribe em entrevista coletiva.
O presidente admitiu os disparos que haviam sido proibidos e negados pelas autoridades depois que o canal de notícias CNN divulgou um vídeo amador no qual um policial vestindo máscaras atira três vezes com um rifle durante as manifestações. Na gravação, não é possível ver para onde o policial atirava.
Na terça-feira, dois indígenas morreram em meio aos protestos por distribuição de terras na Colômbia. Segundo o Conselho Regional Indígena de Cauca (CRIC), uma das entidades que organiza a manifestação, os índios Jesus Antonio Nene e Elver Brito, da etnia Paez, levaram tiros na cabeça e nas costas. Eles teriam sido alvejados quando tentavam se juntar à marcha que une milhares de manifestantes em direção à cidade de Cali.
A Marcha pela Dignidade dos Povos, nome da manifestação, começou na terça-feira e já reúne mais de 20 mil pessoas.
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