Manágua Os nicaragüenses irão apreensivos às urnas amanhã, tanto pela possibilidade de vitória como de derrota de Daniel Ortega, candidato favorito à Presidência segundo as pesquisas. Seus partidários e seus opositores prevêem turbulentas conseqüências, tanto com a derrota como com a vitória do candidato da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), a quem todas as pesquisas apontam uma vitória, embora sem a quantidade de votos suficientes para se eleger logo no primeiro turno.
Cerca de 8 mil policiais e 9,3 mil soldados foram escalados para dar segurança aos mais de 3 milhões de eleitores. O pleito será acompanhado por mil observadores internacionais e perto de 400 jornalistas estrangeiros.
"Se Ortega ganhar, este país não vai resistir à pressão e à represália que iremos receber dos Estados Unidos", disse um ex-piloto da Força Aérea nicaragüense que pediu para não ser identificado. "Se Ortega não ganhar, vamos ter de nos preparar para dias muito difíceis, pois o FSLN não irá aceitar a derrota e vai mandar seus partidários às ruas de todo o país", advertiu Carlos Cisneros, construtor e desenhista que afirmou votar no candidato sandinista.
Ortega, que governou a Nicarágua de 1984 a 1990 ao vencer uma disputa eleitoral sem rivais, perdeu, desde então, três eleições presidenciais consecutivas (1990, 1996 e 2001). O principal rival de Ortega nas eleições de amanhã será o candidato da Aliança Liberal Nicaragüense (ALN), Eduardo Montealegre, que segundo as pesquisas está em segundo lugar, seguido por José Rizo, do Partido Liberal Constitucionalista (PLC).
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