Um relatório divulgado nesta segunda pelo Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo (Sipri) mostra um aumento nas transferências de armas para a América do Sul. Segundo o documento, essas transferências na região foram 150% maiores em 2005-2009, em comparação ao período 2000-2004.
O relatório afirma que os números refletem "um significativo aumento tanto no gasto militar como em compra de armas na região nos últimos anos". O Sipri é uma entidade independente, dedicada a pesquisar "conflitos, armamentos, controle de armas e desarmamento", segundo seu site (onde está a íntegra do relatório: www.sipri.org).
O documento mostra que o Chile foi o país sul-americano que mais comprou armas convencionais no continente, no período de 2005 a 2009, e o 13º no mundo. O Sipri alerta que as compras de armas por países da América do Sul no período "continuaram a ser uma fonte de tensão". A entidade lembra ainda que várias nações da região investem em tanques e veículos blindados. Entre os países citados estão Venezuela, Brasil, Chile e Peru.
Sobre a região, o relatório cita ainda o fato de o Brasil se beneficiar de encomendas de aeronaves modelo Super Tucano de Chile e Equador. O Sipri lembra o fato de a Colômbia utilizar um Super Tucano no ataque a um campo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), no território do Equador, em 2008.
Em um trecho com informações mais gerais do relatório, o Sipri aponta que os maiores fornecedores mundiais de armas convencionais, no período entre 2005 e 2009, foram Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido. Os EUA e a Rússia seguem no topo da lista, com 30% e 23% das exportações mundiais, respectivamente. Já o país que mais compra armas é a China, com 9% do total mundial no mesmo período. Em seguida aparecem Índia (6%) e Emirados Árabes Unidos, empatados com a Coreia do Sul (ambos com 6%).
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