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Nova Iorque (Reuters) — A América Latina pediu ontem aos países ricos que tenham "lucidez estratégica" e adotem um compromisso sério de ajuda ao desenvolvimento, para evitar que a pobreza e a desigualdade social tornem a segurança e a paz do mundo "uma quimera". Pelo segundo dia, os presidentes da região com maior desigualdade do mundo dedicaram sua participação na Cúpula Mundial da ONU a pedir aos países ricos que lhes ajudem a superar seu atraso com investimentos, abertura comercial e financiamento ao desenvolvimento.

Uma das poucas exceções foi o Chile, cujo presidente, Ricardo Lagos, disse que "a luta contra a pobreza, a fome e o subdesenvolvimento começa em casa". Já o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, propôs "expandir a produção de riquezas, universalizando seus benefícios", e afirmou que as chamadas Metas do Milênio da ONU contra a pobreza "não serão cumpridas se persistirem os atuais modelos de financiamento". Segundo ele, se os países desenvolvidos tiverem a devida lucidez estratégica, perceberão que essa nova atitude, mais do que justa é absolutamente necessária.

Na quarta-feira, primeiro dia da cúpula que reúne 160 líderes mundiais até amanhã, os presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, e do México, Vicente Fox, protestaram contra os subsídios agrícolas dos países ricos.

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