O secretário-executivo da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), José Luis Machinea, afirmou nesta quinta-feira que há 208 milhões de pobres na região e 80 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema.
Machinea aproveitou a abertura de um fórum sobre experiências em inovação social no México para antecipar parte da informação que será apresentada pela Cepal, que é vinculada à ONU, em cerca de 15 dias e que confirma a tendência de queda dos números da pobreza na região.
Segundo a entidade, 40% da população da região vive em condições de pobreza e 15% em condições de pobreza extrema. As causas da redução do número de pobres foram o aumento dos gastos sociais, em 40% por habitante em comparação à década de 90 e a incidência das remessas de dinheiro dos emigrantes.
Com relação aos programas sociais, Machinea disse que "caminham no sentido correto", mas afirmou que são "melhoráveis" e que precisam de "continuidade".
O secretário qualificou a América Latina e Caribe como "a região mais desigual do mundo", não só por causa das diferenças econômicas, mas em relação ao gênero, ao local de residência e à etnia.
"A América Latina cresce mais que no passado, mas menos que o resto do mundo em desenvolvimento", disse o responsável da Cepal.
Para Machinea, a região tem um "problema de competitividade", em razão, parcialmente, à falta de infra-estruturas e aos altos preços de alguns serviços públicos.
A Feira de Inovação Social iniciada pelo alto funcionário apresenta de hoje a sexta na Universidade Autônoma Metropolitana 16 projetos de proteção social selecionados pela Cepal entre mais de mil propostas. Entre elas estão iniciativas como uma rede de apoio de re-inserção de jovens com problemas, outra de prevenção da violência familiar e outra de comunicação indígena.
Sexta-feira, cinco destes projetos serão escolhidos como vencedores da seleção.
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