A norte-americana Lori Berenson, que passou 15 anos nas prisões do Peru por colaborar com insurgentes marxistas, embarcou em um avião na noite de segunda-feira para viajar pela primeira vez a seu país desde que foi detida em 1995, disseram autoridades.

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Lori, nova-iorquina de 42 anos, mãe de um menino de 2 anos, obteve liberdade condicional em 2010 depois de cumprir 15 anos de uma condenação de 20.

Um juiz concedeu permissão a Berenson na sexta-feira para viajar ao exterior, mas ela foi barrada no aeroporto de Lima por autoridades da imigração por não ter um documento de autorização do Ministério do Interior.

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Na segunda-feira, acompanhada de duas autoridades da embaixada norte-americana, ela foi ao departamento de migração do Peru e recebeu o documento autorizando sua viagem. Ela então embarcou em um voo da Continental Airlines, que partiu para Newark, em New Jersey.

O juiz determinou que Berenson deve retornar a Lima até 11 de janeiro, mas promotores criticaram a decisão, afirmando que não existe uma maneira de garantir seu retorno. O Peru e os Estados Unidos têm tratado de extradição e são aliados próximos.

Lori era uma estudante do Massachusetts Institute of Technology antes de envolver-se em questões de justiça social na América Latina.

Ela chegou ao Peru em 1994 como jornalista depois de ter trabalhado com grupos de ajuda humanitária durante as guerras em El Salvador e Nicarágua.

Um ano depois, foi detida enquanto viajava de ônibus em Lima com a mulher do líder do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), Néstor Cerpa, que protagonizou entre 1996 e 1997 a maior tomada de reféns da América Latina na residência do embaixador japonês em Lima.

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Lori nunca foi condenada por participar de atos violentos, mas foi considerada culpada de ajudar o MRTA, que com o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso tentou derrubar o governo peruano nas décadas de 1980 e 1990.