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Washington e Istambul - O Departamento de Estado ame­­­­ricano confirmou ontem que um cidadão americano foi morto no ataque do Exército de Israel à frota de seis navios co­­mandada pela Turquia que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Ga­­za na segunda-feira.

Segundo o porta-voz do de­­par­­­­tamento, P.J. Crowley, a vítima – Furkan Dogan, 19, que ti­­nha cidadania americana e turca – foi morta a tiros na ação militar israelense.

Após a confirmação, ele disse também que os Estados Unidos irão investigar as circunstâncias das mortes dos ativistas a bordo do comboio. Além de Dogan, ao menos outras oito pessoas – to­­das de nacionalidade turca – fo­­ram mortas pelos soldados.

"Analisaremos com cautela as informações que foram recebidas sobre as circunstâncias da morte [do americano]", disse Crowley. "Nós levamos muito a sério a saúde dos cidadãos americanos em qualquer parte do mundo", disse ainda o porta-voz.

Interrogado sobre se agentes do FBI [polícia federal americana] ficarão a cargo das investigações, Crowley afirmou: "Nesse momento, não’’.

Funeral indignado

Ainda ontem a Turquia velou os mortos na ação israelense. Mais de 10 mil pessoas compareceram à cerimônia fúnebre, em Istam­­bul, que precedeu os enterros.

A multidão entoou cantos de louvor a Deus e ao grupo palestino Hamas e críticas a Israel. Al­­guns deles pregavam "sangue por sangue, vingança".

Especialistas forenses citados pela imprensa turca disseram que os nove turcos foram mortos a tiros – alguns à queima-roupa –, mas que mais de­­talhes da circunstância das mortes só serão conhecidos dentro de um mês.

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