A Justiça americana libertou nesta segunda-feira um homem de 45 anos condenado por estupro. Depois de 24 anos na cadeia, Alan Crotzer foi inocentado por provas de um exame de DNA. Ele foi condenado em 1982 a 130 anos de prisão pelo estupro de uma mulher de 38 e de uma menina de 12.
Numa audiência realizada na segunda-feira em Tampa, na Flórida, os promotores admitiram ter dúvidas significativas sobre a culpa de Crotzer e pediram ao juiz J. Rogers Padgett que libertasse o réu.
Alan Crotzer, que é negro, fora condenado por um júri composto somente por brancos, que levou uma hora para chegar ao veredicto.
Na saída da prisão, Crotzer disse que está gostando da sensação de liberdade. Em entrevista na edição de domingo do jornal "Saint Petersburg Times", ele afirmou que ainda chora quando se lembra de como sua mãe gritou e desmaiou no tribunal no dia em que foi equivocadamente condenado. A mãe dele morreu há seis anos, de câncer de pulmão.
Embora admita sua frustração com a Justiça, Crotzer disse ao jornal que não guarda rancor.
- Estou muito feliz - disse ele a jornalistas diante do tribunal, acrescentando que pretende comemorar a libertação com amigos.
