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Depois de 30 anos, um ex-militante do grupo americano Panteras Negras - que sequestrou um avião para Cuba - voltou nesta quarta-feira (6) para os Estados Unidos, onde será processado por pirataria aérea. William Ptts está sob custódia da polícia federal americana em Miami, e deve comparecer perante um juiz.

A saga de Potts começou em 1984, quando ele embarcou num voo de Newark para Miami com um arma escondida, com a qual sequestrou o avião com 56 passageiros e obrigou o piloto a pousar em Havana. Mas, em vez de ser bem recebido, como imaginava, Potts foi preso e condenado por pirataria aérea. Cumpriu pena de 13 anos numa prisão cubana, e ao ser libertado permaneceu na ilha, casou-se e teve duas filhas, que moram nos EUA desde 2012.

"Estou muito ansioso por retornar, isso já dura muito tempo. Espero uma solução justa", disse Potts, hoje com 56 anos, a jornalistas que o aguardavam na entrada do aeroporto José Martí, nos arredores de Havana.

Ele afirmou ainda que espera que os EUA levem em conta a pena que ele já cumpriu em Cuba. "Cometi um crime, paguei o que devia e é isso."

Potts foi militante do grupo nacionalista negro norte-americano Panteras Negras. Acredita-se que mais de uma dúzia de seus integrantes ainda viva em Cuba depois de terem sequestrado aviões.(Reportagem de Marc Frank em Havana e Jane Sutton em Miami)

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