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O senador democrata Richard Blumenthal (Connecticut), membro do Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado dos EUA, disse que os americanos ficarão "chocados" e "horrorizados" com a divulgação do relatório provisório sobre a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump. Em entrevista à Fox News, o parlamentar afirmou que o documento bipartidário, que deve vir a público na próxima semana, vai revelar falhas de segurança dos envolvidos na proteção do candidato republicano.
Na quinta-feira (12), o diretor interino do Serviço Secreto dos EUA, Ronald Rowe, atualizou os senadores sobre o andamento das investigações em uma reunião a portas fechadas. O teor da conversa não foi divulgado.
"Acho que o povo americano ficará chocado, surpreso e horrorizado com o que relataremos a eles sobre as falhas do Serviço Secreto nesta tentativa de assassinato do ex-presidente. Mas acho que eles também deveriam estar chocados e surpresos com o fracasso do Departamento de Segurança Interna em ser mais próximo, sincero e franco, como deveria, em termos de fornecimento de informações”, declarou Blumenthal à Fox News.
Uma reportagem do jornal Washington Post nesta sexta-feira (13), que ouviu dois altos funcionários do governo sob condição de anonimato, informou que os agentes nacionais e locais do Serviço Secreto “tinham uma estratégia alarmantemente desleixada para impedir que um atirador em potencial tivesse uma visão clara do candidato republicano à presidência no comício de 13 de julho em Butler [na Pensilvânia]”.
Segundo o Post, a polícia local nunca foi orientada pelos agentes a proteger o telhado do prédio usado pelo atirador. Além disso, as investigações apontam que a sala de rádio do Serviço Secreto, usada para monitorar potenciais ameaças, não tinha como receber alertas em tempo real da polícia local que patrulhava o perímetro externo.
A publicação também revela que o alerta da polícia de Butler sobre um homem suspeito no comício antes da chegada de Trump não foi amplamente divulgado no rádio do Serviço Secreto. A orientação teria sido para que os contra-atiradores locais enviassem uma mensagem com a foto do homem “que estava se comportando de maneira estranha perto do prédio da AGR [onde o corpo do atirador Thomas Matthew Crooks foi posteriormente encontrado] e carregando um telêmetro” para apenas um funcionário do Serviço Secreto.
O senador democrata Gary Peters (Michigan) explicou à Fox News que o relatório bipartidário que será divulgado em breve é apenas um documento provisório, uma vez que “há muito mais informações que precisamos encontrar”. "Esperamos que, assim que este relatório for publicado, possamos obter as informações adicionais necessárias para ter um relatório completo do que aconteceu, bem como as etapas do que precisamos fazer no futuro para garantir que isso nunca aconteça."