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Charlie Hebdo

Amigos e familiares se despedem de Wolinski e de Tignous

Corpo do cartunista Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, é carregado após tributo em Montreuil, próximo de Paris | REUTERS/Philippe Wojazer
Corpo do cartunista Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, é carregado após tributo em Montreuil, próximo de Paris (Foto: REUTERS/Philippe Wojazer)

Funerais de quatro pessoas mortas no ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo", em Paris, estão sendo realizados nesta quinta-feira. Amigos e familiares fizeram suas últimas homenagens aos cartunistas Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, e Georges Wolinski, bem como para uma colunista e um policial. Vinte pessoas morreram nos atentados da semana passada, incluindo um sequestro a um mercado judaico no Leste da capital francesa.Um funeral privado foi realizada para Tignous, de 57 anos, no subúrbio de Montreuil, antes do enterro no cemitério de Pere Lachaise, o local de descanso mais conhecido de Paris para escritores, artistas e compositores. Multidões em Montreuil aplaudiram o caixão de Tignous, coberto de desenhos e mensagens.

Outra cerimônia foi realizada no mesmo lugar para Wolinski, um dos principais nomes do cartum na França e no mundo. Ele será cremado, e suas cinzas descansarão em Montparnasse. No funeral, sua filha Elsa disse que seus ideais continuar existindo.

— Estou começando a perceber que ele se foi — disse ela. — Mas, como eu disse antes, eles mataram um homem e não suas ideias. Então aqui estamos nós. Nós estamos aqui e vamos continuar a defender os princípios do ‘Charlie Hebdo’.

Enquanto isso, amigos e familiares também compareceram aos funerais da colunista Elsa Cayat e de Franck Brinsolaro, um policial designado para proteger o diretor do jornal Stephane Charbonnier, o Charb, que será enterrado na sexta-feira.

O famoso chargista Jean Cabu foi enterrado em uma cerimônia privada na quarta-feira, em sua cidade natal de Châlons-en-Champagne, no Nordeste da França.

Além de Charb, serão enterrados na sexta-feira o chargista Philippe Honoré e o corretor Mustapha Ourrad.

O ataque ao jornal, que deixou 12 mortos, foi reivindicado pela al-Qaeda no Iêmen, que atribuiu a ação a uma vingança pelas caricaturas do profeta Maomé.

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