Em Florestópolis, cidade onde começou a Pastoral, moradores homenagearam Zilda Arns
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, 75 anos, é uma das vítimas do forte terremoto no Haiti. Irmã do cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, Zilda estava em Porto Príncipe para uma missão humanitária. Na quinta-feira, ela teria um encontro com representantes de ONGs. A viagem de volta ao Brasil estava prevista para esta sexta-feira (15).
A morte da médica pediatra e sanitarista também repercute no Twitter nesta quarta-feira (13). "Ela foi uma das únicas brasileiras realmente cotadas para ganhar o Prêmio Nobel da Paz", escreveu o internauta Paulo. "A morte de Zilda Arns está me fazendo chorar", postou Paulo Veloso. "Que coisa triste. Uma mulher incrível", diz Sezars.
Leia a seguir os depoimentos sobre Zilda Arns:
» Roberto Requião (PMDB), governador do Paraná
"Morreu no Haiti minha amiga Zilda Arns. Decretei tres dias de luto oficial. Grande perda para o Brasil e dor para os amigos"
» Beto Richa (PSDB), prefeito de Curitiba
"Não há sensação de perda maior. A humanidade perde com a ausência dela. Dona Zilda foi pioneira e precursora em métodos e iniciativas de apoio e defesa da criança. Seus programas de ação modelaram e inspiraram projetos mundo afora, salvando a vida de milhares de crianças e adolescentes. Sua indicação para o Nobel da Paz foi um momento de felicidade para todos nós, brasileiros"
»José Gomes Temporão, ministro da Saúde
"A atuação desta grande mulher e grande sanitarista brasileira foi essencial para elevar a criança a uma condição prioritária dentro das políticas públicas brasileiras. Morreu em missão, como viveu toda a sua vida"
» Dom Geraldo Majela Agnello,cardeal e arcebispo primaz do Brasil "A aplicação dela foi muito importante para que todas as equipes se formassem. Era uma dedicação de corpo e alma e um testemunho de fé muito grande"
» Orlando Pessuti (PMDB), vice-governador do Paraná
"Lamento a perda da nossa Dra Zilda Arns. Uma pessoa espetacular que muito fez por nossas crianças e pela sociedade"
» Alvaro Dias (PSDB-PR), senador
"O terremoto atingiu o Haiti, destruindo vários prédios na capital, Porto Príncipe, e causando devastação no país da América Central. (...) Zilda Arns é uma das vítimas. Procurava salvar vidas num país perversamente pobre e perdeu a sua. Dedicou-se com devotamento à Pastoral da Criança, e seu trabalho é reconhecido internacionalmente. O Mundo perde uma grande mulher. O Brasil e especialmente o Paraná lamenta a enorme perda"
» Abelardo Lupion (DEM-PR), deputado federal
"Paraná de luto pela morte de Zilda Arns. Isso para ser específico, porque todo o Brasil e grande parte do mundo devem chorar essa perda. Foi aqui no Paraná que dona Zilda começou a Pastoral da Criança. Lembro dela pesando bebês em balanças de feira para checar o crescimento. A mistura simples de farelos criada pela médica Zilda salvou milhares de vida. As mães chegavam a duvidar que pudesse dar resultado. Não era só nos lugares pobres que a presença de dona Zilda Arns causa comoção. Quando chegava nas cerimônias se fazia um silêncio respeitoso. O fato de dona Zilda morrer, com 73 anos, em plena missão num lugar paupérrimo, diz tudo. A nós, resta aprender"
» André Vargas (PT), deputado federal
"Uma grande perda para as lutas sociais no mundo, Zilda morreu executando o que mais gostava: A defesa da vida humana. Um país todo de Luto"
» Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo e irmão de Zilda
"Acabo de ouvir emocionado a notícia de que minha caríssima irmã Zilda Arns Neumann sofreu com o bom povo do Haiti o efeito trágico do terremoto. Que nosso Deus, em sua misericórdia, acolha no céu aqueles que na Terra lutaram pelas crianças e os desamparados. Não é hora de perder a esperança."
» Senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda
"Infelizmente, para a tristeza e a desolação de todos nós, a notícia (da morte de Zilda Arns) está confirmada. É uma perda muito grande"
» José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado Federal
"Lamento o episódio profundamente. O Brasil perdeu uma de suas mais expressivas figuras. Ela era um exemplo extraordinário de dedicação às crianças, aos pobres e às causas sociais. Era uma referência. Essa não é uma perda só para a família, mas para o Brasil inteiro. Sua morte enluta todo o país"
» Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara dos Deputados
"A morte de Zilda Arns deixa milhões de órfãos no Brasil. Não só os integrantes de sua família, mas também os muitos filhos adotados por ela em seu trabalho na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso. Zilda Arns tornou-se sinônimo de doação em sua luta pelos mais carentes, em seu combate diuturno à mortalidade infantil e na busca pela melhoria da vida do povo. Incansável em sua luta, ela foi vítima de acidente durante missão no Haiti, onde ajudava o povo haitiano e levava auxílio a um dos lugares mais pobres do mundo. Seu amor ao próximo não tinha fronteiras. O Brasil lamenta essa perda irreparável. Transmito minha solidariedade à família e aos milhões de filhos adotados por Zilda Arns"
» Dom Moacyr José Vitti, Arcebispo Metropolitano de Curitiba
"Pelos frutos de sua dedicação à vida, por duas vezes foi apontada como merecedora do Prêmio Nobel da Paz. Se aqui, na terra, ela não o recebeu, com toda certeza no céu receberá da parte de Deus um infinito reconhecimento pela sua digna missão realizada na terra"
» Gleisi Hoffmann, presidente do PT no Paraná
"Uma perda lastimável"
» Cristina Santos, diretora executiva da Cáritas Brasileiras
"É uma perda imensa para todos nós, não só para a Igreja, mas para toda a sociedade brasileira. Tanto a Cáritas Brasileira quanto a Pastoral da Criança fazem parte da CNBB e sempre estivemos juntas nas lutas em prol da melhoria da vida de crianças e de excluídos em geral. A pessoa de Zilda sempre representou muita força frente ao governo e a sociedade, e isso foi de muita importância para a Igreja. Ela era dona de uma sensibilidade enorme, que a fez perceber a importância do trabalho com as crianças e as famílias. Ela mudou a realidade da mortalidade infantil no Brasil e deixa um legado enorme"
» Ana Aparecida Cano de Lima, voluntária da Pastoral da Criança no bairro Xaxim há 27 anos
"Conheci a Dra. Zilda pessoalmente quando fomos levar algumas crianças para fotografar para o jornalzinho da Pastoral da Criança. Ela sempre ia às festas e eventos que organizávamos e era muito atenciosa com a gente. Ela vai fazer uma grande falta, porque lutava muito e trabalhava por amor às crianças. Foi isso o que ela nos ensinou e era o entusiasmo dela que ajudava a manter a união de todas as voluntárias. Peço a Deus que nos dê forças para continuar o trabalho que ela deixou, com o mesmo amor e dedicação que ela tinha pelo que fazia"
» Maria da Conceição Oliveira Hamester (mais conhecida como Ceiça), líder da Pastoral da Criança, setor Curitiba Oeste
"Quando soube da morte da Dra. Zilda, eu desmontei. Nem estava sabendo do terremoto no Haiti, então foi muito difícil receber essa notícia. Trabalho na Pastoral há 22 anos e fui capacitada por ela para me tornar voluntária. Ela sempre me chamou de 'minha pérola' e eu a chamava de 'mãezona', tamanho era o carinho que ela tinha por nós, líderes. O trabalho que ela desenvolveu tinha um objetivo muito forte, de preservar a vida, criando vínculos de amizade, atenção e carinho. Daqui para a frente, pretendo seguir desenvolvendo o que aprendi com ela e trabalhar com ainda mais força e amor"
» Luís Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação
"Estamos todos muito tristes, chocados. Não apenas porque somos um dos mais importantes parceiros da Pastoral da Criança - uma da inspirações do Criança Esperança - mas acima de tudo pela nossa admiração e carinho por sua obstinação em ajudar o próximo, em buscar justiça social e em lutar pela melhoria da gestão pública, sempre com firmeza, sem perder a doçura Uma brasileira que vai fazer muita falta ao país Uma guerreira da paz colhida pelo destino em pleno campo de batalha"
» João Carlos de Oliveira (PMDB), prefeito de Apucarana
"O Brasil e o Paraná perdem uma grande líder comunitária, uma lutadora que deixa como herança seu incansável trabalho em favor dos mais necessitados. Sua morte deixa uma lacuna entre os grandes entusiastas da mobilização em favor das causas sociais",
» Gilberto Martin, secretário de saúde do Paraná
"Poucas pessoas têm o poder e o dom da transformação de problemas em solução e menos ainda de mortes em vidas. Uma destas pessoas era a Dra. Zilda Arns. Ela marcou a vida de milhares de paranaenses e brasileiros, além de mudar a saúde pública no Brasil. Mostrou como boa vontade e esforço podem ser suficientes para alterar um panorama sombrio"
» Professor Galdino, vereador de Curitiba
"Vale lembrar que ela foi indicada para o Nobel da Paz, um prêmio que, se ganhasse, seria mais do que merecido"
»Mônica Bacellar, presidente do Instituto Desembargador Alceu Conceição Machado (IDAM)
"A sociedade perde uma vida fundamentada na coletividade, que é sinônimo do que hoje entendemos por terceiro setor. Mas ficamos para sempre com o exemplo de ações simples e que renovam todo o dia a esperança e a crença de um país mais justo"
»Rodrigo Rocha Loures (PMDB), Deputado Federal
"Ela era uma daquelas pessoas que têm algo especial, um dom que parece estar cada vez mais escasso: o de se importar e fazer algo pelos outros. Transcendia o dever de ofício, pois olhava para as crianças e para os idosos com especial ternura"
Olympio de Sá Sotto Maior Neto, Procurador-Geral de Justiça do Paraná "Quem especialmente tem a obrigação institucional da promoção social de crianças e adolescentes e suas famílias é o Estado. Mesmo não fazendo parte dele, e não tendo o dever próprio de quem ocupa cargo público, Dra. Zilda, com sua capacidade de liderança, mobilizou milhões de pessoas em prol da causa infantojuvenil. Sua atuação social significou uma alavanca de solidariedade em favor das crianças do Brasil e do mundo. Fica agora o dever ético das forças progressistas da sociedade em dar continuidade ao esforço por ela desenvolvido".
» Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI)
"Seu falecimento é uma perda inestimável para a nação e para o movimento dos direitos da infância. Esperamos que seu trabalho continue a ser realizado pelos milhares de voluntários da Pastoral da Criança cujos corações ela mobilizou. A Agência de Notícias dos Direitos da Infância manifesta sua profunda admiração por Zilda Arns"
»Luiz Paulo Barreto, ministro interino da Justiça
"O Brasil perde a brasileira que sintetiza a palavra solidariedade"
» Lygia Pupatto, secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
"Médica pediatra e sanitarista, a Dra. Zilda Arns foi uma mulher exemplar e se destacou por seu compromisso social e trabalho em prol do desenvolvimento integral de crianças e idosos. Sua morte é uma grande perda para o nosso país"
» Irmã Inês Fátima Sutil, coordenadora da Pastoral em Tibagi
"É uma perda lastimável, pois a doutora Zilda foi um exemplo de amor e solidariedade".
» Senadora Kátia Abreu, Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
"Com sua dedicação à Pastoral da Criança, programa social que é referência no Brasil, Dona Zilda Arns nos mostrou que é possível viver de acordo com os genuínos valores cristãos. Ela foi um exemplo de amor ao próximo. Meus pêsames a todos os integrantes de sua família pela perda irreparável"
» Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da república
"Foi ela que mostrou como é possível, com a ajuda do trabalho voluntário, enfrentar os problemas sociais e reduzir o sofrimento dos mais pobres. Conseguimos baixar as taxas de mortalidade infantil não apenas pela ação dos governos, mas pelo devotamento de Zilda e da Pastoral da Criança"
» Francisco Garcez (PSDB), vereador Curitiba
"A Câmara, no seu conjunto de vereadores, faz sua manifestação pública de gratidão à família da doutora Zilda Arns, cuja biografia é um exemplo para esta e as novas gerações"
» Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), prefeito de Foz do Iguaçu
"Uma perda lamentável para Foz do Iguaçu e para o mundo. Ela veio varias vezes a nossa cidade para ver como estava a Pastoral da Criança e fez questão de conhecer os nossos projetos. Recentemente ela havia criado a Pastoral do Idoso. Eu sempre fui admirador do trabalho da doutora Zilda e a sua morte nos deixa muito triste"
» Marlus H. Arns de Oliveira, ex-presidente da OAB Curitiba e sobrinho-neto de Zilda Arns
"A famíla recebeu com muita tristeza e dor a notícia do falecimento de nossa querida tia Zilda. É uma perda irreparável para a sociedade brasileira. O trabalho coordenado por ela, e tão bem realizado por milhares de voluntários, mudou para melhor a vida de mais de 2 milhões de crianças. Sensibilizados pelo carinho recebido, desde a confirmação da trágica notícia, continuaremos colaborando na construção de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna"
» Jair Cézar (PSDB), vereador de Curitiba
"Incansável guerreira que sempre lutou em prol da saúde e da vida de tantas crianças e adolescentes no Brasil e no mundo"
» Dom Anuar Battisti, Arcebispo Metropolitano de Maringá
"Acredito que, se Deus quis levá-la agora, é sinal de que Ele precisa dela mais no céu do que aqui na terra. A Pastoral da Criança, a Pastoral da Pessoa Idosa têm agora uma padroeira no céu"
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
"A trajetória da Dra. Zilda Arns confunde-se com os esforços do Unicef, no mundo todo, para oferecer, como ela sempre dizia, uma vida de abundância e qualidade para as crianças"
Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores
"Ela tinha uma personalidade combativa, terna e altruísta"
Itamar Franco, ex-presidente da República
"Exemplo de cidadania e o maior ícone de ajuda humanitária internacional de todos os tempos".
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