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O chanceler Celso Amorim manifestou nesta quinta-feira a preocupação do Brasil com relação ao acordo militar que permitiria aos EUA usar sete bases militares da vizinha Colômbia, e disse torcer para que o encontro regional de sexta-feira na Argentina resolva essa questão.

O acordo enfrenta forte resistência de alguns lideres latino-americanos, especialmente do venezuelano Hugo Chávez, que o aponta como uma agressão "imperialista".

Bogotá e Washington dizem que o acordo se destina a combater o narcotráfico e o terrorismo, e a Colômbia levou nesta semana à Organização dos Estados Americanos uma queixa contra a Venezuela por supostamente interferir nos seus assuntos internos.

Mas Amorim disse nesta quinta-feira, em Paris, que a Colômbia tem a obrigação de responder às preocupações de seus vizinhos.

"É claro que o Brasil respeita o direito soberano da Colômbia de assinar acordos internacionais que julgar relevantes para garantir a ordem em seu território", disse o ministro das Relações Exteriores numa conferência de embaixadores franceses em Paris.

"Mas, mesmo assim, a presença de bases estrangeiras na América do Sul desperta sensibilidades de uma natureza política e até psicológica, que devem ser levadas em conta", acrescentou.

Na opinião do chanceler, qualquer arranjo nesse sentido deveria conter garantias jurídicas quanto ao uso de pessoal e equipamentos estrangeiros.

Governantes sul-americanos se reúnem na sexta-feira na cidade argentina de Bariloche para discutir a questão. O Brasil convidou o presidente dos EUA, Barack Obama, para comparecer ao encontro e apresentar argumentos que tranquilizem os países da região.

Amorim disse que o encontro da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) será uma oportunidade para que a questão seja resolvida "de maneira cooperativa e pacífica."

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