Pouco antes de participar de um almoço com ministros da Coalizão da Nova Agenda, que reúne interessados no desarmamento nuclear mundial, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu em Nova York ações que suspendem a proliferação de armas nucleares e afirmou que, sem políticas concretas de desarmamento pleno, a proliferação nuclear não vai parar.
- Enquanto você não tiver desarmamento pleno, e essa é a nossa convicção, você não terá uma parada na proliferação nuclear. Sempre haverá um país ou outro que vai encontrar pretexto para agir da maneira que não desejamos. Todo o mundo fala da não-proliferação nuclear. Que é importante, ninguém nega; mas é importante também, talvez o mais fundamental, tratar do desarmamento - afirmou neste domingo.
O ministro considerou que o assunto não foi bem tratado na Reunião de Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU).
- É muito difícil tratar da questão do desarmamento. Infelizmente, a última Conferência do Tratado de Não-Proliferação (TNP), que tem um parágrafo sobre desarmamento nuclear, não foi bem sucedida, apesar dos nossos esforços. Principalmente, porque as potências nucleares não deram os passos que esperaram que dessem a partir da reunião de 2000 - disse.
Celso Amorim tem encontro com chanceleres ibero-americanos na ONU na manhã de segunda-feira. A reunião é preparatória para a Cúpula dos Chefes de Estado e Governo Ibero-Americanos, marcada para outubro, em Salamanca, na Espanha. No início da tarde, Amorim parte para o Haiti. Na terça-feira, o ministro tem um encontro com o primeiro-ministro Gérard Latortue, com candidatos à presidência do país, representantes de partidos políticos, com membros do conselho eleitoral e com as tropas brasileiras que integram a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah).
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