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Guerra em Gaza

Amorim critica Israel por recusar cessar-fogo

Brasília - O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) criticou ontem o governo de Israel por não cumprir a resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) por um cessar-fogo imediato. Amorim apelou ainda para que a comunidade internacional pressione pelo fim dos conflitos na faixa de Gaza. Para ele, o "maior problema é a falta de vontade política’’.

"Se não houver esse cumprimento (da resolução da ONU), nós estaremos sendo jogados numa lei da selva’’, disse o diplomata, que passou quase uma semana no Oriente Médio reforçando a necessidade de buscar a paz na região. "É preciso acabar com as mortes e aliviar o sofrimento dos civis, sobretudo, dos palestinos.’’

Em seguida, o ministro afirmou que: "Algo que precisamos não é de um processo de paz, mas de paz. O que falta é vontade política para concretizar a paz’’.

Para Amorim, basta o governo de Israel decretar um cessar-fogo que os ataques do lado palestino também serão interrompidos.

"É só um lado começar a cumprir o cessar-fogo que as outras condições ocorrerão’’, disse o diplomata. "Não creio que se houvesse um cessar-fogo, o Hamas (grupo radical islâmico) continuaria enviando foguetes’’, afirmou Amorim. "É um problema solucionável. O problema mais difícil é de natureza política.’’

Amorim destacou ainda que o fato de o governo norte-americano ter optado pela abstenção na votação sobre o cessar-fogo na faixa de Gaza durante votação no Conselho de Segurança da ONU demonstrou uma sinalização de desconforto com a continuidade da ofensiva. "É um sinal que os Estados Unidos sentem um desconforto’’, afirmou.

Ataques

Amorim lamentou o bombardeio ao prédio e o depósito destinado a mantimentos para as vítimas que pertence à ONU. Desde o último sábado, o ministro conversou com representantes dos governos da Síria, de Israel, da Autoridade Nacional Palestina (ANP), da Jordânia e do Egito.

Respeito

O ministro afirmou que sua missão no Oriente Médio foi positiva porque o papel do Brasil tem relevância pelo tamanho do país e também pelo destaque econômico brasileiro.

Segundo ele, as autoridades estrangeiras respeitam o governo brasileiro. Para Amorim, o governo brasileiro cumpriu o papel que deveria exercer nas negociações de paz. "Não é só com bombas atômicas que se credencia para falar pela paz’’, disse ele.

O diplomata disse ainda que o governo brasileiro manterá as negociações com Israel, os representantes da Autoridade Palestina e também do Irã. A resposta dele foi uma reação ao questionamento sobre a eventual retirada do embaixador do Brasil em Israel, como fizeram os governos da Venezuela e Bolívia.

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