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O chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse ontem que a libertação da francesa Clotilde Reiss, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerã, é prova de que a diplomacia do Brasil para a área de direitos humanos é "correta e eficiente". Amorim defendeu o silêncio do Brasil sobre o tema. "É melhor agir de forma silenciosa do que estridente", disse. Segundo o chanceler, condenar Teerã pelas violações provocaria "apenas reações e não resultados".

Clotilde foi presa no Irã em julho, durante a onda de protestos que se seguiu à reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Na época, ela trabalhava na Universidade de Isfahan e enviou informações sobre os protestos para a embaixada da França e sua família. Por isso, foi acusada de espionagem e condenada a 10 anos de prisão. No sábado, Teerã anunciou que a pena foi substituída por uma multa de 350 mil e, no domingo, a professora voltou para casa.

A visita de Lula teria criado condições para a libertação e a diplomacia brasileira trabalhou de forma "discreta" para permitir a volta de Clotilde. Tanto a professora quanto o presidente francês, Nicolas Sarkozy, agradeceram ao Brasil pela ajuda. As declarações sobre o caso de Clotilde foram a única referência aos direitos humanos feitas durante a passagem de Lula pelo Irã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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