O Brasil pediu, neste sábado, que a ONU não desperdice a chance de realizar uma mudança profunda. Em um pronunciamento realizado na Assembléia-Geral das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que a 'História oferece uma oportunidade única para promover a mudança, que não deveria ser perdida".

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- A história nos oferece uma rara oportunidade de mudança. Não a desperdicemos. A reforma deve ser nossa palavra de ordem - afirmou Amorim, durante a 60ª Assembléia Geral da ONU, que teve início neste sábado e vai durar três dias.

- O documento final do encontro certamente ficou abaixo das nossas ambições. Mas deu as diretrizes para concluir nossa tarefa - assegurou o chanceler brasileiro.

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O Brasil está tentando conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, que pode ser criada após uma mudança. Para isso, o país se associou ao Japão, à Alemanha e a Índia, o chamado Grupo dos Quatro (G-4)

- A reforma do Conselho de Segurança se destaca como peça central - disse Amorim, que pediu que o órgão da ONU, que decide sobre assuntos de guerra e suas sanções, se torne mais democrático e eqüitativo.

O conselho tem cinco integrantes permanentes com direto a veto - os Estados Unidos, China, França, Grã-Bretanha e Rússia - e outros dez rotativos.

- Nenhuma reforma do Conselho de Segurança será significativa se não houver uma expansão de todos os assentos permanentes e não permanentes, com países em desenvolvimento da África, da América Latina e da Ásia, em ambas as categorias - disse Amorim.O documento aprovado na ONU na noite de sexta-feira recomenda que a reforma do Conselho seja aprovada "em breve" e que haja uma avaliação de seu progresso até o fim do ano. No entanto, não foi estabelecida uma data definitiva.

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