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O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira (29) que "não aconselharia" os deputados brasileiros a viajar para Honduras. Ele afirmou que não pretende criar problemas, mas destacou que o governo brasileiro não poderá dar apoio a eles. Uma missão de deputados tem viagem marcada para esta quarta-feira (30) para acompanhar de perto a situação na embaixada em Tegucigalpa, onde está abrigado o presidente deposto Manuel Zelaya.

"Sobre a viagem dos deputados, é claro que eles não me perguntaram nada. Em um momento como este eu não aconselharia, mas tampouco vou criar dificuldade", disse Amorim.

O ministro destacou que o Itamaraty não tem como auxiliar os deputados por não ter relações diplomáticas com o governo de fato de Honduras. "Nós só não temos condição de dar nenhum apoio. A embaixada é pequena e os diplomatas que estão lá estão cuidando de sua própria segurança".

Amorim afirmou que não se pode "substituir" instâncias negociadoras, mas amenizou o tom ao final de sua fala. "Se for positivo, ótimo. Claro que se tiver um trabalho de convencimento irá ajudar".

Viagem

Os parlamentares que anunciaram a viagem a Honduras traçaram os detalhes da missão ao país em reunião nesta terça-feira (29). Como a viagem está sendo realizada de última hora, eles decidiram não pedir as diárias a que teriam direito pela missão. O objetivo do grupo é acompanhar de perto a situação da permanência do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil.

Farão parte da missão os parlamentare Raul Jungmann (PPS-PE), Maurício Rands (PT-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE), Marcondes Gadelha (PMDB-PB), Ivan Valente (PSOL-SP) e Cláudio Cajado (DEM-BA).

Eles sairão de Brasília na manhã desta quarta-feira e seguirão em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até San Salvador, capital de El Salvador. Nesta cidade, eles pegarão um vôo comercial para Tegucigalpa, capital de Honduras, onde devem chegar na noite de quarta-feira.

Na quinta-feira (1/10), os parlamentares irão ao Congresso de Honduras, visitarão a embaixada brasileira e terão encontros com brasileiros que vivem naquele país. Jungmann destaca que a preocupação é somente sobre a situação dos brasileiros em meio ao impasse. Os deputados retornam a Brasília na sexta-feira (2/11).

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