Foram ampliadas, nesta quarta-feira, as buscas pela estudante brasileira Fernanda Okamura, de 22 anos, que desapareceu na segunda-feira enquanto fazia uma trilha nas proximidades do rio Blanco de Naguabo, no Sudeste de Porto Rico. A jovem bióloga, que há dois meses iniciou um mestrado em Ciências Naturais na Universidade de Porto Rico, foi arrastada pela correnteza depois que fortes chuvas, causadas pela passagem do furacão Hanna pela região, romperam um dique. O acidente matou o estudante colombiano Alejandro López Pabón, de 29 anos. Outros dois colegas de Fernanda, a colombiana Ana María Sánchez, de 22 anos, e o canadense Jeremis Menuier, de 25 anos, conseguiram escapar.
Segundo a diretora executiva da Agência Estatal para o Manejo de Emergências e Administração de Desastres (Aemead), Karilyn Bonilla Colón, a equipe de resgate vai extender a sua área de atuação até o rio Blanco e os charcos Hippie e Yudermi, no setor Charco Pietro, onde existem cavernas subterrâneas para onde o corpo da jovem pode ter sido levado pela força das águas.
Nesta quarta-feira, peças de roupa de Fernanda foram encontradas pelas equipes de busca na margem do rio. A informação, no entanto, não tira dos familiares da jovem a esperança de que a encontrem com vida.
- A gente está tentando manter a fé e a calma - disse por telefone, de Manaus, a irmã da bióloga, Raquel Okamura, de 19 anos. - A nossa família aguarda unida por boas notícias.
Os parentes de Fernanda tem se mantido informados sobre o caso através da embaixada do Brasil em Miami e de colegas e de um professor da jovem com quem mantêm contato freqüente. Mas o namorado da jovem, Almir Kimura Jr, pretende viajar para Porto Rico na sexta-feira para acompanhar de perto as buscas.
- Almir e uma prima nossa vão para lá para obter informações mais precisas e tomar as providências que forem necessárias - disse Raquel.
Almir, que namora Fernanda há 4 anos, fez um emocionado apelo aos homens da Aemead a um jornal local:
- Por favor encontrem a Fernanda. Não desistam. Ela é muito importante para nós - disse o jovem ao "Primeira Hora".Hanna mata ao menos 25 pessoas no Haiti
O furacão Hanna trouxe chuvas torrenciais sobre o sudeste das Bahamas, as ilhas Tuks e Caicos (território britânico), o Haiti e a República Dominicana. No território haitiano, fortes pancadas d'água provocaram avalanches nas encostas dos morros, matando ao menos 25 pessoas.
- A cidade portuária de Gonaives está alagada e há pontos em que a água chega a 2 metros de altura - afirmou a diretora da agência de proteção civil do país, Alta Jean-Baptiste. - Desde a noite passada, muitas pessoas subiram no teto de suas casas para escapar das águas.
Na noite de terça-feira, o Hanna atingia a ilha Great Inagua (Bahamas) com ventos de 100 quilômetros por hora, afirmou o Centro Nacional de Furacões (NHC), um órgão dos EUA. Na quarta-feira ou na quinta, o fenômeno meteorológico deve ganhar força novamente para transformar-se em um furacão de Categoria 1 na escala Saffir-Simpson, com ventos de ao menos 119 quilômetros por hora.
O governo americano previu que haverá de 14 a 18 tempestades tropicais durante os seis meses da temporada que se iniciou no dia 1º de junho, um número maior do que a média histórica de dez.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Deixe sua opinião