Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Estados Unidos

Quem é Amy Coney Barrett, escolhida por Trump para a Suprema Corte

Amy Coney Barrett é considerada uma das favoritas para substituir Ruth Ginsburg na Suprema Corte dos EUA. (Foto: Rachel Molehorn/ Wikipedia)

Ouça este conteúdo

A juíza Amy Coney Barrett foi escolhida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste sábado (26), para ocupar o lugar de Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte, morta aos 87 anos vítima de câncer. A juíza de 48 anos, de perfil conservador e católica praticante, tem perfil diferente de Ginsburg, com histórico progressista e ícone do feminismo.

Na sexta-feira (25), em entrevista na Casa Branca, Trump se esquivou ao ser questionado da escolha: “Eu não disse que ela era, mas ela é sensacional". No entanto, o presidente norte-americano já havia adiantado o desejo de colocar outra mulher na Suprema Corte.

Barret foi escolhida para ocupar a vaga na Suprema Corte no lugar da juíza Ruth Bader Ginsburg em meio a três outras concorrentes: Joan Larsen, Barbara Lagoa, Allison Eid.

Perfil de Barrett

Amy Coney Barret é mãe de sete filhos, esposa de um ex-procurador dos Estados Unidos, conservadora, católica e professora. Atualmente, integra o Tribunal de Apelações do 7º Circuito de Chicago. Na vida acadêmica, estudou direito na Escola de Direito de Notre Dame, em Indiana.

No currículo, trabalhou com Antonin Scalia, juiz conservador da Suprema Corte que também era católico. Ele morreu no último ano de mandato do ex-presidente Barack Obama.

Barret tem posicionamentos claros em determinados temas que também estão alinhados ao de Trump, como uso de armas e imigração, segundo o canal BCC. Em 2013, por exemplo, Barret declarou que a vida "começa com a concepção".

Barrett por ela mesma

Em participação no podcast “SCOTUS 101”, da Heritage Foundation, Barrett afirmou que foi professora por muitos anos e lecionou as matérias de processo civil e direito constitucional, entre outras. Na conversa, a juíza disse, ainda, que, se fosse para ter uma conversa com juízes da Suprema Corte, vivos ou mortos, escolheria Sandra Day O'Connor ou John Marshall. A transcrição da participação foi publicada pelo Daily Signal.

O motivo da escolha da primeira, diz a juíza, seria "porque minha experiência profissional tem sido muito diferente da dela. E eu sou a primeira mulher de Indiana a sentar-se no 7º Circuito em uma das cadeiras de Indiana".

Já escolha de Marshall seria por ter atuado diretamente no "impeachment da Justiça [Samuel] Chase", ter prestado depoimento e, nesse período, ter estabelecido um "judiciário independente", nas palavras de Barret. Chase era juiz da Suprema Corte à época dos fatos, em 1805.

Fé nos tribunais

Ao ser questionada sobre sua fé, Barrett negou ao Daily Signal que possa ter qualquer influência em suas decisões e ressaltou que, para ela, todos têm convicções, independemente da fé.

"Não acho que a fé deva influenciar a maneira como um juiz decide os casos. Como eu disse, não acho que um juiz deva torcer a lei para alinhá-la ou para ajudá-la a corresponder de alguma forma às próprias convicções do juiz. E isso é verdade, sejam elas derivadas da fé ou, todo mundo tem convicções, todo mundo tem crenças. Isso não é exclusivo para pessoas que têm fé", afirmou na conversa.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.