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investigação

Análise de veneno usado contra ex-espião russo confirma versão britânica

Ainda não se pode afirmar, no entanto, a participação de Moscou no envenenamento | BEN STANSALL/AFP
Ainda não se pode afirmar, no entanto, a participação de Moscou no envenenamento (Foto: BEN STANSALL/AFP)

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) afirmou nesta quinta-feira (12) que sua análise da substância usada no envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal confirmou a tese britânica sobre o caso, mas sem citar diretamente a Rússia.  

Moscou é acusada por Londres de ser a responsável pela ação.  

Segundo a Opaq, os resultados das análises de laboratório "confirmam as descobertas do Reino Unido a respeito da identidade do químico tóxico que foi usado no ataque em Salisbury que deixou três pessoas feridas com gravidade".  

Além de Serguei, também foram envenenados sua filha, Iulia, e um policial que tentou ajudar os dois.  

A organização disse ainda que a substância usada no episódio tinha "grande pureza", mas não disse onde e como ela foi produzida. As informações mais detalhadas, como o nome do agente neurotóxico usado, também não foram divulgadas e fazem parte apenas de um relatório confidencial que a Opaq não vai disponibilizar publicamente.  

Pouco depois do ataque, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que o gás usado contra Skripal pertencia ao grupo Novichok, um tipo de arma química militar russa fabricada apenas nos laboratórios do país.  

Georgy Kalamanov, vice-ministro de Indústria e Comércio russo, disse que a análise feita pela Opaq mostra que é impossível comprovar que a substância tem como origem a Rússia e pediu que Londres apresente provas da participação de Moscou.  

Após a divulgação do relatório, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, disse que ele confirma o envolvimento de Moscou no caso. "Não restam dúvidas sobre o que foi usado e não há outra explicação sobre o que aconteceu -apenas a Rússia tinha os meios, os motivos e as razões", disse.  

Johnson também pediu a convocação de uma reunião de emergência da Opaq para 18 de abril para discutir os próximos passos. Londres defendeu também que o Conselho de Segurança da ONU se reúna assim que possível para debater o assunto.  

O envenenamento de Skripal deu início a uma crise na relação entre Moscou e o Ocidente, que levou o Reino Unido e aliados -como os EUA e os membros da União Europeia-, a expulsarem os diplomatas russos de seus países.  

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